Prefeito e familiares são aprovados em concurso de Cafarnaum
Carlos Prates da Redação CORREIO
O prefeito da cidade de Cafarnaum, localizada a 439 km de Salvador, Ivanilton Oliveira (PSDB), foi aprovado para a única vaga de médico do concurso público realizado pela prefeitura do própio município. No mesmo concurso, para outras vagas, foram selecionados cinco familiares dele: a esposa, Sueli Fernandes Novais (aprovada para o cargo de assistente administrativa), os sobrinhos Carlon Novais Sena (agente administrativo) e Anderson Gomes Novais (motorista), além da irmã Joseilza Oliveira Novais (agente administrativa) e a prima de terceiro-grau Geisa Novais Tomé (aprovada para dentista).
O vice-prefeito, Eugelson Mancambira, também tem parentes aprovados. A esposa, Carmen Silvia Lumes, e o cunhado dele, Edinaldo Francisco Lumes, passaram na prova. O salário para o cargo de médico assumido pelo prefeito, era o mais alto oferecido, R$ 3,5 mil. As inscrições para a seleção que oferecia 180 vagas no total foram feitas em maio e a prova, em junho.
Ivanilton Oliveira foi reeleito em 2008 para a prefeitura de Cafarnaum e disse que fez o concurso visando uma ocupação quando terminasse o seu mandato. 'Iria ocupar o cargo depois que deixasse de ser prefeito em 2012', explicou. Ainda segundo o gestor, o salário que ganha não é suficiente para manter sua família. 'Ganho R$ 10 mil como prefeito. Tenho dois filhos em escolas particulares e um apartamento em Salvador. Só esse dinheiro não me mantém'. Além de assumir a função de prefeito de Cafarnaum, Ivanilton trabalha duas vezes por semana em um hospital privado na cidade de Iraquara, onde tem uma residência.
Sobre a quantidade de familiares aprovados no mesmo concurso, o prefeito disse que isso é quase inevitável em um município pequeno. 'Em uma cidade com cerca de 18.500 habitantes é muito provável que muita gente seja ligada a sua família. Em Carfanaum, uma grande parcela da população é meu parente', defendeu-se.
O prefeitou alegou ainda que procurou orientação da promotoria da cidade de Morro do Chapéu, responsável pela região, para saber se poderia participar do concurso e recebeu uma resposta positiva da promotora Edna Márcia Souza Barreto de Oliveira. Entretanto, a representante do Ministério Público disse que Ivanilton Oliveira lhe perguntou sobre a sua possível participação no concurso depois que já havia sido aprovado no processo seletivo.
A promotora disse ainda que a atitude do prefeito foi ilegal. 'Como é que ele estabelece as regras do jogo e depois participa do próprio jogo', questionou. De acordo com Edna Barreto, ao participar da seleção, Ivanilton Oliveira infringiu o artigo 37 da Constituição Federal e a lei 8429/92 de improbidade administativa. 'Houve violação dos princípios constitucionais como a moralidade, impessoalidade e legalidade. Vamos entrar com uma ação na justiça pedindo a anulação do concurso'. A promotora contou que tomou conhecimento do caso depois que o vereador de Carfanaum Juvenal Bispo Junior (PP) entrou com uma representação no MP.
Fonte: correio24horas.globo.com
Carlos Prates da Redação CORREIO
O prefeito da cidade de Cafarnaum, localizada a 439 km de Salvador, Ivanilton Oliveira (PSDB), foi aprovado para a única vaga de médico do concurso público realizado pela prefeitura do própio município. No mesmo concurso, para outras vagas, foram selecionados cinco familiares dele: a esposa, Sueli Fernandes Novais (aprovada para o cargo de assistente administrativa), os sobrinhos Carlon Novais Sena (agente administrativo) e Anderson Gomes Novais (motorista), além da irmã Joseilza Oliveira Novais (agente administrativa) e a prima de terceiro-grau Geisa Novais Tomé (aprovada para dentista).
O vice-prefeito, Eugelson Mancambira, também tem parentes aprovados. A esposa, Carmen Silvia Lumes, e o cunhado dele, Edinaldo Francisco Lumes, passaram na prova. O salário para o cargo de médico assumido pelo prefeito, era o mais alto oferecido, R$ 3,5 mil. As inscrições para a seleção que oferecia 180 vagas no total foram feitas em maio e a prova, em junho.
Ivanilton Oliveira foi reeleito em 2008 para a prefeitura de Cafarnaum e disse que fez o concurso visando uma ocupação quando terminasse o seu mandato. 'Iria ocupar o cargo depois que deixasse de ser prefeito em 2012', explicou. Ainda segundo o gestor, o salário que ganha não é suficiente para manter sua família. 'Ganho R$ 10 mil como prefeito. Tenho dois filhos em escolas particulares e um apartamento em Salvador. Só esse dinheiro não me mantém'. Além de assumir a função de prefeito de Cafarnaum, Ivanilton trabalha duas vezes por semana em um hospital privado na cidade de Iraquara, onde tem uma residência.
Sobre a quantidade de familiares aprovados no mesmo concurso, o prefeito disse que isso é quase inevitável em um município pequeno. 'Em uma cidade com cerca de 18.500 habitantes é muito provável que muita gente seja ligada a sua família. Em Carfanaum, uma grande parcela da população é meu parente', defendeu-se.
O prefeitou alegou ainda que procurou orientação da promotoria da cidade de Morro do Chapéu, responsável pela região, para saber se poderia participar do concurso e recebeu uma resposta positiva da promotora Edna Márcia Souza Barreto de Oliveira. Entretanto, a representante do Ministério Público disse que Ivanilton Oliveira lhe perguntou sobre a sua possível participação no concurso depois que já havia sido aprovado no processo seletivo.
A promotora disse ainda que a atitude do prefeito foi ilegal. 'Como é que ele estabelece as regras do jogo e depois participa do próprio jogo', questionou. De acordo com Edna Barreto, ao participar da seleção, Ivanilton Oliveira infringiu o artigo 37 da Constituição Federal e a lei 8429/92 de improbidade administativa. 'Houve violação dos princípios constitucionais como a moralidade, impessoalidade e legalidade. Vamos entrar com uma ação na justiça pedindo a anulação do concurso'. A promotora contou que tomou conhecimento do caso depois que o vereador de Carfanaum Juvenal Bispo Junior (PP) entrou com uma representação no MP.
Fonte: correio24horas.globo.com
Um comentário:
Esse é o nosso Brasil, enquanto trabalhadores ao Sol a pino derramam suor por um "bocado" de pão, outros com mandatos eletivos fazem pouco caso com o dinheiro público. O mesmo caso de dará com a PEC dos vereadores, eles aumentaram em número com alegação que não vão onerar a máquina pública e daqui alguns dias pedirão aumento sob alegação de estar ganhando pouco pra trabalhar "muito" ou pouco.
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