Este é um blog de opinião. As postagens escritas ou selecionadas refletem exclusivamente a minha opinião, não sofrendo influência ou pressão de pessoas ou empresas onde trabalho ou venha a trabalhar.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Amor e Respeito

Ontem estive envolvido com a visita do Presidente Lula. Fiz parte da equipe da 1ª Ciretran que ao lado do Pelotão de Trânsito da Polícia Militar era responsável pela fluidez do trânsito e organização de estacionamentos no local.

Senti-me importante por estar ali, de poder colaborar e de alguma maneira, ainda que a quase 300 metros de distância, ser testemunha de mais um momento histórico para a nos cidade.

Naquele momento, gostaria de encontrar alguns críticos do novo aeroporto.
Recordo que quando o Gov. Jorge Viana anunciou a construção da Avenida Mâncio Lima, teve gente dando risada.

Também recordo quando anunciaram as obras do novo Terminal do Aeroporto de Cruzeiro do Sul.
Alguns tolos fizeram piada do projeto, dizendo parecer-se com uma maloca indígena, que iria ser coberto com palha de jarina, e outras babaquices.

Lembro que também fizeram piada com a Universidade da Floresta, que disseram ser jogada política, que não tinha asfalto, que não tinha energia, que não ia ter transporte, que isso, que aquilo, e alguns deles foram vaiados impiedosamente no dia da inauguração. Bem feito, quem mandou ser do contra?

O aeroporto ficou lindo, assim como o Campus Floresta, assim como a Mâncio Lima ficou.

Mesmo assim, por incrível que pareça, tem gente duvidando da Ponte sobre o Rio Juruá, duvidando da construção do Arena do Juruá e até duvidando da conclusão da Br-364.

Enquanto o Presidente discursava (e como o faz com facilidade!), fiquei pensando em como nós somos ingratos. Em como somos um povo difícil, catimbozeiro. Disse e repito: Um povo como o nosso é de dar nó em tese de antropologia. Quem tentar compreender cruzeirense, ta lascado.

O que representamos em economia e importância política para o Brasil, para o Presidente da República, vez por outra vir por aqui? Nada. Mas tem gente que se acha e o esnoba. Tem gente que fala asneira que dá pena.
Sabe o que é isso? Gente mal acostumada. Vai acostumar mal, pra ver o que acontece.

Será que o Acre tem votos para eleger um presidente? Se não tem, por que então o Presidente Lula vem sempre por aqui? É porque ele não está preocupado com votos, é porque ele ama o Acre e respeita o povo acreano.

Dessa vez gostaria de não ter razão, mas o povo acreano(principalmente o cruzeirense) ainda vai ter muita saudade do Presidente Lula.

Um presidente que apesar das ingratidões que tem recebido por aqui, insiste em aparecer em Cruzeiro do Sul, seja inaugurando uma obra, seja anunciando mais.

Então, só pode haver uma explicação: Amor e respeito.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Hoje

1147 - Papa Eugênio III concede a Cruz Vermelha aos cavaleiros templários
1429 - Joana D´Arc parte com o exército para Orleans
1521 - Morte do explorador Fernão de Magalhães1599 - Criação da Paróquia Nossa Senh ora do Monte Serrat em Santos - SP
1673 - Nascimento de Claude Gillot (pintor francês) 1677 - Descobrimento do cometa Hevelius
1786 - Criação da Paróquia Nossa Senhora da Apresentação em Escada – PE
1820 - Nascimento de Herbert Spencer (filósofo inglês)
1878 - Nascimento de María Guadalupe García Zavala (beatificada em 25/04/2004)
1937 - Morte do líder marxista e jornalista italiano, Antonio Gramsci.

Fonte: www.ponteiro.com.br

domingo, 26 de abril de 2009

Há 104 anos

Às 10:30 do dia 25(conforme ata), a lancha "Faceira" da Comissão Brasileira de Reconhecimento (tinha 19,80m de comprimento por 3,95m de largura, força nominal de 12 cavalos-vapor, máquina de alta pressão, uma caldeira, o4 toneladas de carvoeira, 30 de tonelagem total, construída em 1900).

Ontem, a exatos 104 anos, a Comissão deixava o Solimões e penetrava em águas juruaenses, para iniciar efetivamente seu levantamento geográfico.

A Expedição do General Belarmino Mendonça retornaria a Manaus apenas em 23 de Janeiro de 1906 tendo percorrido toda a extensão do Rio Juruá e seus principais formadores.

O velho Juruá que por esses dias não anda fácil e tem castigado os ribeirinhos.

sábado, 25 de abril de 2009

Hoje

0387 - Batizado de Santo Agostinho (0354 - 0430)
1616 - Enterro de William Shakespeare (morreu em 23/04/1616)
1719 - Publicação do livro 'Robinson Crusoe' de Daniel Defoe
1821 - D. João VI parte para Portugal após 13 anos no Rio de Janeiro.
1886 - Sigmund Freud abre o seu 1º consultório (Viena - Áustria)
1918 - Nascimento da cantora Ella Fitzgerald
1945 - Tropas russas partem dos subúrbios meridionais de Berlim em direção ao centro da cidade
1992 - Pedro Collor (irmão do presidente Fernando Collor de Mello) dá entrevista explosiva à revista Veja

Fonte: www.ponteiro.com.br

Poesia para o sábado / Música-Poema

Amor Pra Recomeçar

Eu te desejo
Não parar tão cedo
Pois toda idade tem
Prazer e medo...

E com os que erram
Feio e bastante
Que você consiga
Ser tolerante...

Quando você ficar triste
Que seja por um dia
E não o ano inteiro
E que você descubra
Que rir é bom
Mas que rir de tudo
É desespero...

Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Prá recomeçar
Prá recomeçar...

Eu te desejo muitos amigos
Mas que em um
Você
possa confiar
E que tenha até
Inimigos
Prá você não deixar
De duvidar...

Quando você ficar triste
Que seja por um dia
E não o ano inteiro
E que você descubra
Que rir é bom
Mas que rir de tudo
É desespero...

Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Prá recomeçar
Prá recomeçar...

Eu desejo!
Que você ganhe dinheiro
Pois é preciso
Viver também
E que você diga a ele
Pelo menos uma vez
Quem é mesmo
O dono de quem...

Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Prá recomeçar...

Eu desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Prá recomeçar
Prá recomeçar
Prá recomeçar...

(Frejat/Mauricio Barros/Mauro Sta. Cecília)

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Nada fica de nada...

Depois de uma semana, reencontrei alguns amigos.

Fora os abraços de boas-vindas e as palavras de carinho, o que mais me deixou alegre e ao mesmo tempo triste, foi descobrir (embora há muito tempo eu já desconfiasse) que se eu tivesse morrido no Domingo de Páscoa daria apenas mais razão ao grande poeta Fernando Pessoa.

Ricardo Reis (um de seus heterônimos) se debruça sobre a irrelevância da vida.

O poema é lindo, ainda que de uma verdade inquietante:


Nada Fica de Nada


Nada fica de nada. Nada somos.

Um pouco ao sol e ao ar nos atrasamos

Da irrespirável treva que nos pese

Da humilde terra imposta,

Cadáveres adiados que procriam.

Leis feitas, estátuas vistas, odes findas —

Tudo tem cova sua. Se nós, carnes

A que um íntimo sol dá sangue, temos

Poente, por que não elas?

Somos contos contando contos, nada.
(Ricardo Reis, in "Odes")

Pois é... Somos contos contando contos, nada!

terça-feira, 21 de abril de 2009

Hoje é Dia de Tiradentes

Hoje é Feriado Nacional, Dia de Tiradentes. Só para não perder a viagem, vai uma curiosidade sobre o ícone: Chamava-se Joaquim José da Silva Xavier e nunca usou barba nem cabelo grande (pintaram assim para cristianiza-lo um pouco), e foi enforcado em 21 de abril de 1792 no Rio de Janeiro.

Quanto a Tiradentes, nasceu quase 100 anos após o enforcamento, em 1889, já com a República.

Quem foi Tiradentes todo mundo já sabe, ou pensa que sabe, como é o meu caso. Principalmente depois do que li na Desciclopédia. Os caras são uns tremendos sacanas e conseguem fazer piada até da mãe(deles).

Olha a definiçao deles para o 21 de abril:


No Brasil, 21 de abril é conhecido como o Dia do Bode Expiatório, um dia muito importante para a cultura e sociedade brasileiras. Neste dia todos os brasileiros tiram folga do trabalho para comemorar a tradição secular de nossos governantes de encontrar alguém a quem culpar, ou para descascar o abacaxi, ou segurar o pepino. Esta data foi escolhida por ter sido o dia em que um conhecido otário orelha-seca estagiário laranja mané qualquer que tava lá pra gente botar a culpa nele mártir morreu pra livrar a pele dos outros em nome de uma grande causa brasileira. Esta personalidade é conhecida hoje como Tiradentes, o dentista.

Capturei os urubus

Não sou repórter, não tenho formação nem caráter para isso, mas tenho o hábito de andar com minha câmera fotográfica. Olha só... Os urubus se apropriam de uma lixeira. Antes de acusar o serviço de limpeza, vale lembrar que a lixeira estava quase vazia, exceto por uma ossada de boi que alguém jogou ali há poucos minutos.

Tudo bem que o serviço de limpeza pública em Cruzeiro do Sul não é por tradição um grande espetáculo, mas o cidadão pode e deve fazer a sua parte. Hoje é feriado, o caminhão de lixo não passa e como os urubus tem fome...

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Atalhadores de vento

Uma tarde em Porto Walter, a terrível notícia: O Raimundo da Tia Fransquinha, primo do meu pai (por parte de pai) e primo da minha mãe (por parte de mãe), estava morto.


Eu devia ter já uns 13 anos e estava longe demais para compreender ou tentar compreender a morte (hoje mais perto? Hoje mais longe, certamente).


Era homem trabalhador, pai de uns cinco filhos, estava construindo uma casa maior quando durante uma tempestade, um pau caiu sobre a casa em construção e o matou.


Estive no velório e a simplicidade só não era maior que a dor de todos ali.


Meu amigo Virgulino, o hoje dedicado gerente da Real Norte, é o mais velho daquelas crianças que ficaram órfãs naquela vilazinha do alto Juruá e tocaram a vida com a dignidade comum aos cristãos e pessoas de boa família.


Dia desses, falando sobre o assunto com um conhecido, ele apresentou uma versão da tragédia que até então eu desconhecia. Para ele, a causa, a explicação para aquele temporal e tantos outros que varriam a localidade era apenas um: Os atalhadores de vento.


Segundo ele, pelo menos quatro bons atalhadores de vento residiam ali: O Seu Javam, a tia Saruê, a Dona Val e o Seu Enéas. Este último era tão poderoso, que recordo sua esposa lamentando sua ausência em casa durante um temporal, motivo pelo qual, segundo ela, colhera um enorme prejuízo quando um vento inesperado sapecou sua máquina de costura bem no meio do terreiro (pense num furacão, pense num prejuízo!). Dizia ela com as mãos na cabeça: “Se o Enéas tivesse em casa nada disso teria acontecido.” E mais: “Isso foi vento atalhado, quando ele vem assim (atalhado) é uma desgraça!”


Mas como seria isso, atalhar vento, desviar temporal? Esses poderes, antigamente, eram fartamente divulgados e respeitados na comunidade. Um bom atalhador de vento era capaz de salvar uma cidade ou no caso do Enéas, salvar pelo menos a máquina de costura.


Imagine um sujeito desses lá nos Estados Unidos, heim? Contratado pelo Ministério da Defesa só para atalhar tornados?


Penso que o New York Times estamparia numa manchete: “O furacão Marieta (já observou que furacões tem nome de mulher? Por que será? Dizem que é porque quando passam pela vida de um besta, levam tudo o que o cabra tem) ganha força no Mar do Caribe e se dirige para a costa leste americana.” E mais, explicando a manchete: “As autoridades pedem que a população não entre em pânico, pois todas as medidas já foram tomadas inclusive com a contratação de um feiticeiro brasileiro, sumidade em atalhar tornados e furacões. O atalhador de furações já treina na NASA há um mês onde tem demonstrado grande habilidade em atalhar meteoros, já tendo inclusive atalhado um satélite de comunicação russo que estava em rota de colisão com um dos nossos. O governo de Israel até fez uma proposta ao especialista brasileiro, que recusou graças a Deus e pelo bem do povo americano o FBI o mantém sob forte esquema de segurança. Os israelenses pensavam em empregá-lo para proteger Tel Aviv atalhando mísseis dos inimigos árabes.”


Pense num cabra importante!


Mas, cá comigo, que os mais antigos me desculpem, não tenho fé suficiente para acreditar num poder desses. Mas...


Durante seis anos fui Examinador de Trânsito e trabalhei com um camarada que quando o tempo levantava, ele rabiscava o chão com um graveto na direção do temporal e dizia: “Vai dar tempo terminar a baliza”. Fingia acreditar. Às vezes chovia (quando tinha de chover), às vezes não (quando não tinha).


Bem que poderia ter uns dez daqueles por aqui para atalhar além de ventos e coriscos, a inveja, o ciúme, a perseguição e as injúrias.

Bem, mas isso é fé e pelo que sei, ela ainda remove montanhas.

domingo, 19 de abril de 2009

Todo dia era dia de índio, mas agora...

Um Índio (Caetano Veloso)

Um índio descerá de uma estrela colorida e brilhante
De uma estrela que virá numa velocidade estonteante
E pousará no coração do hemisfério sul, na América, num claro instante

Depois de exterminada a última nação indígena
E o espírito dos pássaros das fontes de água límpida
Mais avançado que a mais avançada das mais avançadas das tecnologias

Virá, impávido que nem Muhammed Ali, virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri, virá que eu vi
Tranqüilo e infalível como Bruce Lee, virá que eu vi
O axé do afoxé, filhos de Ghandi, virá

Um índio preservado em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás e todo líquido
Em átomos, palavras, alma, cor, em gesto e cheiro
Em sombra, em luz, em som magnífico

Num ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico
Do objeto, sim, resplandecente descerá o índio
E as coisas que eu sei que ele dirá, fará, não sei dizer
Assim, de um modo explícito

E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos, não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio

sábado, 18 de abril de 2009

Cruzeiro do Sul e o Juruá

O Juruá tem seus misteriosos caprichos. Nós, os da "terra-firme", pouco ou nada sabemos sobre esses caprichos. Quanto aos ribeirinhos, não se enganam e sabem que o mês de abril também é o mês das "grandes águas". Estive fotografando o movimento do porto agora há pouco.


O que é que nasce em pé e morre deitado? "Árvores-canoas" a esperar humanos. Num único lance, os contrastes: um carneiro, o rio, os urubus, um cachorro, humanos, palafitas, veículos, prédios e os barcos na lama do porto do Igarapé Boulevard.

Cada um vê o que quer. Na proa de uma canoa de alumínio, um cachorro "bispando" uma família que se prepara para a viagem.Novamente os urubus...

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Em memória de Seu Geraldo

Por Raimundo Angelim em 14 de abril de 2009. (*)

Reconheço que tem sido muito difícil convivermos com a ausência do nosso eterno deputado Geraldo Maia. Como chefe de família foi um atento e dedicado esposo, pai, sogro e avô, sempre nos apontando caminhos e ensinando a sermos mais tolerantes, mais solidários com nossos semelhantes. Tinha na família a base fundamental para uma sociedade mais fraterna. E não fazia dessa premissa apenas um discurso, uma retórica. Vivia-a no seu dia-a-dia. Ao longo da vida, nos transmitiu o que praticava. Reside aí, provavelmente, a importância do seu legado e a dificuldade de nos acostumarmos com sua ausência.


Tinha pelo Acre e por sua querida terra, Cruzeiro do Sul, um amor que envolvia a todos que o escutasse falar de suas belezas, da história, das potencialidades, de sua geografia e de sua gente. Aprendi com seu Geraldo, como eu o chamava, a amar e a conhecer melhor o porquê dos cruzeirenses serem tão apegados e tão orgulhosos de sua terra.


Como homem público sua trajetória foi exemplar. Um deputado estadual que honrava o cargo que lhe fora outorgado pelo povo. Na Assembléia Legislativa, uma de suas marcas foram os pronunciamentos sempre coerentes com os sonhos e demandas de seu povo juruaense.


Na política ou fora dela, era um homem persistente na defesa de suas teses. Gostava de um bom debate e dele não se ausentava, sem antes deixar a marca de suas convicções e crenças. Autodidata, lia de tudo, mas a sua preferência era a história do Acre. Gostava de escrever. Podia ser em sua velha máquina de datilografia, uma genuína Olympia alemã, ou nos últimos anos, com sua já trêmula mão, rabiscava em qualquer pedaço de papel suas impressões sobre a vida, fatos da história de Cruzeiro do Sul, enfim, um amante das coisas do seu tempo.


Mas não quero continuar falando do homem público Geraldo Maia. Estes todos conhecem sua história. Preciso e sinto necessidade de falar do esposo, pai, sogro, avô, tio Geraldo Maia. Sabia mais que ouvir. Escutava a todos. Com a serenidade e autoridade que a vida lhe proporcionou, mediava conflitos e apontava caminhos. Era um homem sábio. Um eterno conciliador.


Mas não era só isso. Seu Geraldo gostava de conversar. E gostava, principalmente, de conversar com a família. Nas comemorações de Natal, aniversários, Ano Novo, nas celebrações familiares, ele sempre tinha uma fala a fazer. Era quando nos falava dos valores a serem preservados. Valores como respeito, não apenas ao mais velho, mas a todos, indistintamente. Falava-nos sobre solidariedade, tolerância. E nos falava, fundamentalmente, do amor à família. Devo confessar aqui, o quanto aprendi com essas conversas. Um longo aprendizado que guardarei por todos os meus dias e, espero, possa transmitir às minhas filhas e aos meus netos.

Digo isso porque nesses momentos, tão especiais de nossa família, seu Geraldo se reportava com mais ênfase aos netos e bisnetos. Em seu último aniversário, dia 16 de fevereiro, fez uma de suas mais belas falas. Por tudo isso, obrigado seu Geraldo, pelos ensinamentos e bons exemplos. Sua missão se encerrou aqui na terra, mas continuará na eternidade.


(*) Raimundo Angelim, professor universitário casado com Gerlília, era genro de Geraldo Pereira Maia


Como singela homenagem deste blog a um grande homem da História de Cruzeiro do Sul e do Acre, posto uma foto de Seu Geraldo Maia em discurso na Câmara de Vereadores de Cruzeiro do Sul na década de 70.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Capturei o Arco-Íris

Na foz do Boulevard no último d0mingo um Arco-Íris bebia agua(conforme acreditávamos quando crianças) ali pelo Bairro do Meritizal.

Caçadores festejam novo prazo para registro de espingardas: 31 de dezembro

Mais uma vez, o apelo da deputada federal Perpétua Almeida em favor dos caçadores que habitam a floresta é atendido pelo presidente Lula. Foi publicado no Diário Oficial da União, edição desta terça-feira, a medida provisória que abre novo prazo para registro das espingardas utilizadas pelos ribeirinhos e seringueiros como meio de subsistência e defesa pessoal contra animais ferozes na Amazônia.


A deputada havia requerido a prorrogação até o próximo dia 31 de dezembro, por entender que as dificuldades de acesso nas regiões amazônicas, especificamente, são um desafio a ser vencido a longo prazo.

“Nós reconhecemos aqui o esforço da Polícia Federal, dos sindicatos rurais e das secretarias de Segurança Pública de vários estados, inclusive a do Acre. Mas é difícil chegar a 100% das famílias que dependem de uma espingarda e registrar estas armas como manda a lei. Por isso, apelamos ao presidente e ao ministro da Justiça mais uma vez. A abertura do novo prazo é um sinal de bom senso”, comemorou a deputada, que irá cobrar das autoridades nos estados um esforço maior ainda capaz de alcançar mais e mais seringueiros até o final deste ano.


Esta é a segunda prorrogação consecutiva a pedido da deputada, que é conhecida no meio rural como a “mulher das espingardas” em razão do alcance social da proposta. Ao comentar o assunto, Perpétua se disse otimista quanto à aprovação de um projeto de sua autoria sugerindo ao Congresso que não haja mais prazos pré-fixados para a regularização de armas em poder de quem mora na floresta.


“Chegou um momento em que os agricultores não podiam mais ir à cidade para consertar suas espingardas com medo de perder a arma. A fiscalização não dá trégua. Agora estamos mais tranqüilos. Teremos mais tempo para chegar até essas famílias”, disse o presidente do Sindicato Rural de Cruzeiro do Sul, Sebastião Alencar. Ele afirma que os municípios de Marechal Thaumaturgo e Porto Valter concentram o maior número de pessoas sem registro, mas a quantidade de armas que dependem de registro vem caindo a cada dia.


A mesma MP resguarda o direito do seringueiro de comprar a munição em separado (estojo vazio, espoleta e pólvora). Esta é outra conquista de Perpétua Almeida, que conseguiu derrubar um expediente administrativo do Exército Brasileiro. O Ministério da Defesa entendeu que esta imposição estava prejudicando a tradição da caça entre as comunidades rurais. A contra-ordem foi dada pelo chefe do Estado Maior da Décima-Segunda Região, tenente-coronel Rogério Bubniack e prontamente comunicada ao gabinete da deputada em Brasília.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Piadinha mais ou menos engraçada:

VALOR DO CONHECIMENTO...

O Quim, o Zé e o Joca trabalhavam numa obra. De repente, o Quim caiu do 15º andar e morreu.

O Zé disse:

- Um de nós tem que avisar a mulher dele...

Ao que o Joca respondeu:

- Eu sou bastante bom nessas coisas, eu vou!

Passada uma hora, o Joca estava de volta, com uma caixinha de cerveja.

O Zé perguntou:

- Onde arranjou isso?

- Foi a viúva do Quim que me deu.

- Como é? Você diz que o marido dela morreu e ela te dá uma caixa de cerveja?

- Não foi bem assim. Quando ela abriu a porta, eu disse:

- Você deve ser a viúva do Quim.

Ela respondeu:

- Não, eu não sou viúva!

E eu disse:

- Quer apostar uma caixinha de cerveja comigo?

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Achei que fosse, mas não era...

Achei que fosse, mas não era, uma homenagem ao Ir. José da Cruz que neste ano de 2009 completa 40 anos que peregrinou por aqui (ver em 2010 “A História Social de Porto Walter”).

Não é, mas bem que poderia ser.

Também não é em homenagem aos bois mortos no matadouro Lobão, em frente, do outro lado da estrada, na cacunda da última ladeira antes da Cidade de Guajará-AM.

A razão de ser da enorme cruz de madeira que fotografei na tarde de sexta-feira, segundo informações de alguns moradores, acredite, seria pagamento de promessa.

Dizem (e eu acredito), que durante a campanha do ano passado, um cidadão teria feito uma promessa assim: Caso o candidato a prefeito Hélio vencesse as eleições (como de fato venceu) plantariam uma cruz exatamente ali, no local de início das carreatas.

É uma das grandes e em tamanho e localização rivaliza com às que o Irmão José plantava nas comunidades do vale do Juruá entre Eirunepé e o Amônea.


Será?

Pelo sim, pelo não, vim pensando: Em Guajará não se vence uma eleição apenas com votos de sufrágio.
É necessário mais que isso, é preciso muita reza e muita fé.

domingo, 12 de abril de 2009

Hoje é Domingo de Páscoa

Mas o que é a Páscoa? (Por Benito Pepe)

Legal que muitos de nós fiquemos felizes com a Semana Santa, com a Páscoa, momentos de nos confraternizar, nos alegrar, de dar e receber ovos de Páscoa... Mas porquê isto? Bem! Para quem ao menos gosta da História e da essência dos fatos e atos ocorridos, vale continuar a leitura.

Já há alguns milênios (3,5) os Judeus já comemoravam a Páscoa. Mas como? Jesus Cristo não havia nem mesmo nascido! É verdade! No início, as comemorações da Páscoa já eram nesta época do ano: Março, Abril (primavera no hemisfério norte) eram para comemorar as colheitas. Era, portanto, a festa das colheitas. A alegria de festejar e “bebemorar” com o sucesso de um período trabalhado e seus frutos (na verdade a festa da colheita era 50 dias após a páscoa).

Muito bem! Mas os nossos Pais religiosos, os Judeus, foram escravizados no Egito (Império naquela época). Ficaram como escravos muitos anos... Até que, com ajuda de Deus, conseguiram sair da escravidão e voltar à terra prometida e foi o que ocorreu por coincidência ou projeto Divino também nesta mesma época da Páscoa e, assim, então, a comemoração dos Judeus passou a ser a da Passagem, do Êxodo, da libertação da terra do Egito.

E agora onde está a Páscoa Cristã? A nossa Páscoa, que é, sem dúvida, a maior Festa e a maior comemoração de todas as festas cristãs, está exatamente neste mesmo período do ano, pois mais uma vez por coincidência ou não ocorre também nesta época.

O Verbo que era a palavra se fez carne e veio habitar entre nós e após um período aqui na terra nos mostrou que nós também somos eternos, pois o que vivemos é uma Páscoa, ou seja, em Hebreu Páscoa quer dizer PASSAGEM assim sendo, Jesus o Cristo, nos mostrou que aqui é apenas um local de passagem e acima de tudo de aprendizagem. Portanto o mais importante não é o que construímos materialmente, mas, sim, o que construímos espiritualmente. Jesus, após ser crucificado e morto (na época da festa da Páscoa judaica, pois ele havia ido até Jerusalém para as comemorações - ele também era Judeu), ele ressuscita no 3º dia e aparece aos seus discípulos algumas vezes.

Portanto nós, os Cristãos, comemoramos esta época do ano como a maior de todas as festas, assim, ela é mais importante que o próprio Natal (Nascimento de Jesus). Apesar de o Calendário Gregoriano contar os anos do nascimento de Cristo, na verdade nós estamos há uns 1970 anos de comemorações de Páscoas Cristãs.

E para quê os Ovos, os coelhos...? O raciocínio é sempre lógico como também muitas vezes é a Fé! Como foi aprendido que a verdadeira Vida é após esta Páscoa (Passagem) assim sendo temos que comemorar a Vida e o que é melhor para simbolizar a vida do que o ovo! E o coelho, é lógico. Como o bichinho procria, não é mesmo? Bem, devemos lembrar também que os fatos e símbolos foram incididos em um outro mundo - o chamado mundo velho (berço da humanidade) - e com suas culturas, portanto também é interessante relembrar que tudo em História se deve contemporizar.

A passagem por esta terra, por este planeta, é o que temos consciência neste momento, quanto ao futuro temos a esperança. Páscoa, portanto, é a passagem, mas não a passagem desta vida para outra, mas de toda a passagem por esta vida, com todos os seus anos de conhecimentos, aprendizagens, vivências e experiências. Portanto, a Páscoa é, em suma, a comemoração da VIDA!
Feliz páscoa para você.

Publicado originalmente em: http://www.planetanews.com/news/2003/10014

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Sexta-Feira Santa

A Sexta-feira Santa, ou Sexta-feira da Paixão, é a Sexta-feira antes do Domingo de Páscoa. É a data em que os cristãos lembram o julgamento, paixão, crucificação, morte e sepultura de Jesus Cristo, através de diversos ritos religiosos.O Cristo crucificado, por Diego Velázquez

Segundo a tradição cristã, a ressurreição de Cristo aconteceu no domingo seguinte ao dia 14 de Nisã, no calendário hebraico. A mesma tradição refere ser esse o terceiro dia desde a morte. Assim, contando a partir do domingo, e sabendo que o costume judaico, tal como o romano, contava o primeiro e o último dia, chega-se à sexta-feira como dia da morte de Cristo.
A Sexta-feira Santa é um feriado móvel que serve de referência para outras datas. É calculado como sendo a primeira Sexta-feira de lua cheia após o equinócio de outono no hemisfério sul ou o equinócio de primavera no hemisfério norte, podendo ocorrer entre 22 de março e 25 de abril.

Na Igreja Católica, este dia pertence ao Tríduo pascal, o mais importante período do ano litúrgico. A Igreja celebra e contempla a paixão e morte de Cristo, pelo que é um dos raros dias em que não se celebra, em absoluto, a Eucaristia.
Por ser um dia em que se contempla de modo especial Cristo crucificado, as regras litúrgicas prescrevem que neste dia e no seguinte (Sábado Santo) se venere o crucifixo com o gesto da genuflexão, ou seja, de joelhos.

Fonte: Wikipédia.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Hoje é Quinta -Feira Santa

Hoje é celebrada na Igreja Católica a Última Ceia. É missa do lava-pés, como é também conhecida.

Designa o gesto que se pratica na Quinta-Feira Santa em que o sacerdote, lava o pé direito de 12 homens, imitando o gesto que fez Jesus a seus discípulos no Cenáculo.

O gesto de Cristo é um resumo de como deve se portar um cristão. A humildade e o serviço, antes de qualquer vaidade ou orgulho.

Ao colocar-se abaixo, Ele que era Deus, nos dá um exemplo divino – A humildade sempre.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Música / Poema

Negro Amor (Zé Geraldo)

Vá, se mande, junte tudo que você puder levar
Ande, tudo que parece seu é bom que agarre já
Seu filho feio e louco ficou só
Chorando feito fogo à luz do sol
Os alquimistas já estão no corredor
E não tem mais nada negro amor

A estrada é pra você e o jogo é a indecência
Junte tudo que você conseguiu por coincidência
E o pintor de rua que anda só
Desenha maluquice em seu lençol
Sob seus pés o céu também rachou
E não tem mais nada negro amor
E não tem mais nada negro amor

Seus marinheiros mareados abandonam o mar
Seus guerreiros desarmados não vão mais lutar
Seu namorado já vai dando o fora
Levando os cobertores? e agora?
Até o tapete sem você voou
E não tem mais nada negro amor
E não tem mais nada
Negro amor

As pedras do caminho deixe para trás
Esqueça os mortos eles não levantam mais
O vagabundo esmola pela rua
Vestindo a mesma roupa que foi sua
Risque outro fósforo, outra vida, outra luz, outra cor
E não tem mais nada negro amor

terça-feira, 7 de abril de 2009

Aconteceu Hoje

Nasceram:
1506 - Francisco Xavier (canonizado em 12/03/1622)
1623 - Gregório de Matos Guerra (poeta brasileiro - algumas fontes citam 1633)
1772 - Charles Fourier (filósofo e economista francês)
1889 - Gabriela Mistral (poetisa chilena, Nobel de literatura em 1945).
1939 - Francis Ford Coppola (cineasta norte-americano)
1949 - Guido Mantega (economista brasileiro nascido na Itália)
1949 - Jaime Rocha (escritor português)
1950 - Marisa Letícia (esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva)
1964 - O ator Russell Crowe (Gladiador)
1971 - O ator Guillaume Depardieu (filho de Gérard Depardieu)
1971 - Flávio Silvino (ator brasileiro)
1971 - Antonio Franciney de Almeida Rocha


Quem? Pois é, e por segurança para o caso de alguém um dia cismar de fazer meu mapa astral ou minha biografia e escrever coisas que não quero, vou esmiuçar direitinho:
Em Cruzeiro do Sul (por garantia, porque por aqui tinha médico e em Porto Walter não), na Rua Newton Prado, para além do Campo do Manoel Terças, quase descendo para as olarias, na casa da Tia Raimunda Salomé, às 17h30min, numa quarta-feira.


Poema para hoje:

Aniversário (Fernando Pessoa)

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.

No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.

Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho...)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!

O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas
lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!

Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas o resto na sombra debaixo do alçado —,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...

Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...

O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Há Dezesseis Anos...

Ontem (05/04/1993), incorporava à Polícia Militar do Acre, em Cruzeiro do Sul a 3ª turma de soldados formada no município e eu estava lá. (fotos)


Com um grito que “demonstrava autoridade”, o oficial responsável pela condução do concurso nos convidou a adentrar no quartel.

Naquela época, bandido ainda não era cidadão. Preso ainda era só preso e soldado era apenas soldado. Aliás, há dezesseis anos, as coisas só poderiam ser o que deveriam ser, pelo menos para quem mandava.

Época estranha aquela em que o homem era superior ao tempo e policial fardado não podia usar guarda-chuva.


Que para contrair núpcias o policial tinha que obter autorização do comandante. Isso publicado em Boletim Interno na sessão de Alterações de Cabos e Soldados e lido em formatura geral com o nome da noiva e o defiro do comandante.

A Unidade chamava-se 1ª Cia PM Independente e funcionava num prédio situado na Rua Pedro Teles atrás do Hospital Geral, adquirido da Prelazia onde até uns meses atrás havia funcionado um Internato de Freiras.


Era comandada pelo Maj Pm Manoel Pedro Neto. Além daquele oficial, mais dois de quem não recordo os nomes (como poderia ter esquecido? Quem manda aqui sou eu, rapaz!).

Contava ainda a Companhia, com um Subtenente (Heliodoro Barbari), com quatro 3º Sargentos (Tancredo, Deusdete, Dutra e Genilson), além de cabos, raros também, entre os quais destaco: Sabino, Ferreira, Jaime, Bezerra, Clodomir, Olímpio, Lima, Herculano e Rogério.


Três imagens daqueles 6 meses:

Instrução de Combate à Incêndios no Aeroporto Internacional. O primeiro, em pé no alto à esquerda é o Oliveira Filho (Marinheiro).


Instrução de Armamento e Tiro. Em pé: Enildo, Eliomar, Franciney e Fabiano. No centro: Alderlei e Julimar. Na frente, em primeiro plano: Charles, Ivanilson e Tiago.


Na Formatura dos 53 novos soldados no dia 15/10/1993.



sábado, 4 de abril de 2009

Os Corruptos e os "Incorruptíveis"

Ligue o rádio ou a tv e lá estará uma palavra mais que banalizada nos tempos atuais.

A palavra é corrupção. Mesmo sem consultar muitas fontes já nos vem a idéia de: Podridão, devassidão, vício, depravação, desonestidade, falta de compromisso, de ética...

Olhando assim, logo nos vem a tentação de afirmar nossas dignidades e valores morais mais superiores.

Parece intuitivo. Precisamos nos esquivar dela, estabelecer distâncias seguras de um “corrupto” de modo a não manchar o nosso caráter.

É uma regra que admite poucas exceções: Quem mais se gaba de honestidade é capaz das maiores vilezas e infâmias. Corrupto adora apontar corrupção, denunciar tramas, conluios, conchavos. Para um corrupto, a única fortaleza moral e ética é a sua própria moral e a de quem faz parte do seu grupo, mesmo que o senso comum aponte exatamente na direção contrária.

O fundamentalismo de alguns quando se refere ao assunto separa as pessoas em santos e demônios. Para esses, ninguém pode ser meio honesto nem meio corrupto. Ou se é um ou outro.

Tenho outra visão sobre a corrupção e sobre as denúncias de falcatruas:

Apenas os juízes, pelo ofício, podem, após interpretar todas as provas e permitir ampla defesa a um acusado de corrupção, medir o grau de corrupção do mesmo e calcular a sua pena. Apenas os juizes, só eles e mais ninguém. Eu não sou juiz.

Tenho medo dos “incorruptíveis”, dos que são favoráveis à pena de morte, dos xenófobos, dos anti-gays. O fundamentalismo mata mais que a Aids e o Câncer.

Tenho medo do fundamentalismo xiita dos “incorruptíveis”. Não existirá, todavia uma terceira alternativa para quem não aceita rótulos nem concorda com a santidade dos “incorruptíveis”?

Meu pai que foi caçador, sempre me disse que não se pode atirar em “vultos”, que bem podem ser caça, mas também podem ser pessoas. Não se pode atirar para depois olhar que bicho era. Caçador que não respeita essas regras geralmente não dá viagem perdida, é grande matador de caças, mas acaba de vez em quando matando inocentes.

O denuncismo é assim. Se colar, colou. Para a justiça não, é preciso ter provas.

Então, na dúvida, fico com os “corruptos” inocentes ao invés dos “incorrutíveis” que atiram em vultos e assassinam inocentes.

Taí um boné, pegue-o quem quiser.

Aconteceu Hoje (04/04)

1292 - Término do pontificado do Papa Nicolau IV
1727 - Enterro de Isaac Newton
1814 - Abdicação de Napoleão Bonaparte
1865 - Fundação da Capela de São José do Rio Pardo (SP)
1908 - Morte de José Pedro de Santana Gomes (compositor - irmão de Carlos Gomes)
1909 - Fundação do Esporte Club Internacional
1956 - Valério Caldas de Magalhães assume o governo do Acre
1968 - Morte de Martin Luther King (prêmio Nobel da paz em 1964)
2008 - Peritos concluem que a menina Isabella foi espancada

Fonte: www.ponteiro.com.br