Este é um blog de opinião. As postagens escritas ou selecionadas refletem exclusivamente a minha opinião, não sofrendo influência ou pressão de pessoas ou empresas onde trabalho ou venha a trabalhar.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Reflexão para a segunda-feira


O que não nos mata nos fortalece

     Um dia, o burro de um camponês caiu num poço. Não chegou a se ferir, mas não podia sair dali por conta própria. Por isso o animal chorou fortemente durante horas, enquanto o camponês pensava no que fazer.
     Finalmente, o camponês tomou uma decisão cruel: Concluiu que já que o burro estava muito velho e que o poço estava mesmo seco, precisaria ser tapado de alguma forma. Portanto, não valia a pena se esforçar para tirar o burro de dentro do poço. Ao contrário, chamou seus vizinhos para ajudá-lo a enterrar vivo o burro. Cada um deles pegou uma pá e começou a jogar terra dentro do poço.
     O burro não tardou a se dar conta do que estavam fazendo com ele e chorou desesperadamente. Porém, para surpresa de todos, o burro aquietou-se depois de umas quantas pás de terra que levou. O camponês finalmente olhou para o fundo do poço e se surpreendeu com o que viu.
     A cada pá de terra que caía sobre suas costas o burro a sacudia, dando um passo sobre esta mesma terra que caía ao chão. Assim, em pouco tempo, todos viram como o burro conseguiu chegar até a boca do poço, passar por cima da borda e sair dali trotando.

REFLEXÃO:
     A vida vai te jogar muita terra nas costas. Principalmente se você já estiver dentro de um poço. O segredo para sair do poço é sacudir a terra que se leva nas costas e dar um passo sobre ela. Cada um de nossos problemas é um degrau que nos conduz para cima. Podemos sair dos mais profundos buracos se não nos dermos por vencidos. Use a terra que te jogam para seguir adiante!

"Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito." (Romanos 8:28

sábado, 28 de novembro de 2009

E JÁ QUE ELE ESTÁ POR AQUI...

Galho Seco
(Zé Geraldo)

Eu andava acabrunhado e só
Perdido e sem lugar
Feito um galho seco
Arrastado pelo temporal
Pensei até em enrolar minha bandeira e dar no pé
Eu pensei até em jogar fora a minha história,
os documentos e aquela fé
Fazia tempo que o sol não derramava luz na minha vidraça
Depois que tudo passa
O vento leva as nuvens negras noutra direção
Também pudera
Uma hora era o fogo que rasgava o chão
Outra hora era a água que descia e afogava toda a plantação
Ainda bem que me restou o seu sorriso
Que me alumia a alma
Que me acalma quando é preciso
E como eu preciso!
Como eu preciso
Que me acalma quando é preciso
E como eu preciso

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Heróis da Pátria, ainda que tardia...

Perpétua propõe que Soldados da borracha sejam reconhecidos Heróis da Pátria
 
Panteão da Pátria (foto abaixo) já guarda o nome de Plácido de Castro.
Chico Mendes tem historiografia aprovada também.
Deputada também anunciará nos próximos dias seu parecer, na condição de relatora de comissão especial, elevando o benefício dos ex-seringueiros, de dois salários mínimos para R$ 3 mil.


O Livro dos Heróis da Pátria, que repousa no Panteão da Pátria e da Liberdade, em Brasília, pode abrigar o grupo soldados da borracha em suas reluzentes páginas de aço. E por força de lei.
O projeto foi apresentado esta semana pela deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB) como reconhecimento aos mais de 65 mil brasileiros (nordestinos) recrutados para a Segunda Guerra Mundial, quando ofereceram a vida à Nação, num gesto de excepcional dedicação e heroísmo.
A tramitação do projeto nas comissões, até chegar, finalmente, no plenário da Câmara, para votação conclusiva, já teve início.
Perpétua é relatora da Proposta de Emenda Constitucional que reajusta a pensão dos ex-seringueiros (dois salários mínimos) ao soldo pago hoje a um segundo-tenente do Exército Brasileiro (R$ 3 mil).
O voto da deputada será apresentado na próxima semana, na comissão especial que trata do assunto no Congresso Nacional. Hoje, apenas dez heróis têm seus nomes citados, inclusive Plácido de Castro. Outros quatro já estão aprovados e aguardando inclusão no Livro dos Heróis da Pátria - dentre eles o do líder sindical e ícone ambiental mundial Chico Mendes.


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Agradecimento


Semana passada, tive a felicidade de compartilhar minha sala de aula com dois colegas professores.

De maneira geral, estagiários numa sala de aula não nos causam nenhum problema, muito menos surpresa.

A maioria é gente boa, preparada, bem orientada e traz novidades.

Agora, nada que se compare ao espetáculo de conhecimento que os colegas professores paraindígenas da UFAC, em conclusão de curso, demonstraram às turmas de 8ª Série da Escola Pe. Marcelino Champagnat.

Registro a presença dos professores graduandos Júlio Raimundo Jaminawa – Professor da Terra Indígena Cabeceira do Rio Acre, e Fernando Luís Yawanawa – Terra Indígena Rio Gregório/Aldeia Nova Esperança, a quem agradecemos imensamente.

Coincidência ou não (e foi mesmo), no dia anterior tínhamos abordado o tema “Antropologia” e a visão do dito civilizado europeu sobre os povos americanos.

Foram sabatinados e percebi neles uma desenvoltura extraordinária ao lidar com a curiosidade dos nossos jovens, quase todos já contaminados pelo consumismo e o preconceito. Talvez a curiosidade dos nossos jovens não seja diferente da curiosidade dos jovens deles.

A presença dos colegas professores indígenas na sala de aula serviu para desfazer preconceitos, tema que foi inclusive abordado.

Os alunos adoraram e após a aula, formou-se uma fila para a pintura corporal. Haja genipapo!

Abaixo, Fernando Yawanawa (esq.),  eu e Júlio Jaminawa (direita).



quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Você conhece o Imperativo?


Já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei
Já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei
Já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei
Já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei
Já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei
Já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei
Já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei
Já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei
Já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei
Já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei
Já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei
Já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei
Já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei
Já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei já determinei

Talvez você não esteja entendendo o por quê dessa postagem, mas devo informar-lhe que certas palavras dispensam muitos comentários.
Duvido que não a tenha ouvido pelo menos sete vezes por semana em algum meio de comunicação.
Esse blog presta uma informação valiosa sobre a gramática.
“Já determinei” é imperativo e dispensa, exclui a participação de outros no processo de construção dos períodos, sejam gramaticais(como é o caso), seja histórico ou político.
“Já determinei” foi muito usado por Hitler, Mussolini, Stálin, Saddan Hussein, não combina com a democracia.
Já determinei soa estranho, ou dependendo do caso e da pessoa que fala, perfeitamente normal.
Eu, que nunca determinei PN gostaria de poder determinar que ninguém usasse tal construção.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Hoje na História:

24 de novembro de 1859 - Charles Darwin lança "A Origem das Espécies" onde expõe que as formas de vida originaram de um processo de seleção natural.

Curiosidades sobre Charles Darwin

Charles Robert Darwin nasceu no dia 12 de fevereiro de 1809, na cidade de Shrewsbury, na Inglaterra.
Charles Darwin foi o quinto dos seis filhos de Robert e Susannah Darwin.
Darwin estudou medicina, mas nunca terminou o curso. Sua paixão eram as ciências naturais.
Charles Darwin tinha apenas 22 anos quando fez a viagem que mudou sua vida. Grande parte da "teoria da evolução" foi desenvolvida depois que Darwin fez uma viagem a bordo do navio "Beagle", numa expedição para cartografar o litoral da América do Sul.
O naturalista oficial do navio era o cirurgião Robert McCormick. O jovem Darwin viajava como acompanhante do capitão, Robert Fitzroy.
Durante a viagem, Darwin colecionou 3.907 espécimes de 1.529 espécies diferentes em frascos de álcool e escreveu 770 páginas em seu diário.
O naturalista inglês tinha 28 anos quando elaborou a sua teoria mais importante: o conceito da árvore evolucionária. De acordo com a teoria original, todas as espécies existentes na Terra seriam descendentes de um único ancestral comum - a "base" da árvore.
"Sob a figura de uma grande árvore, os ramos e gomos representam as espécies existentes; os ramos produzidos nos anos precedentes representam a longa sucessão de espécies extintas", escreveu Darwin no "A Origem das Espécies".
Em sua passagem pelo Brasil, Charles Darwin ficou encantado pela vida natural do país: "Deleite é um termo fraco para expressar a sensação de um naturalista que pela primeira vez vagueia em uma floresta brasileira."
A escravidão vigente no Brasil da época, porém, chocou o naturalista.
Sua esposa, Emma Wedgwood , temia que o cientista fosse para o inferno por causa de suas idéias contrárias ao criacionismo.
Emma e Darwin eram primos e tiveram 10 filhos.
Darwin demorou quase 15 anos para publicar a sua teoria mais conhecida.
Em 1851, Charles Darwin começou a escrever "A origem das espécies" depois que sua filha mais velha, Annie, morreu aos 10 anos. Estudiosos acreditam que a morte da menina, vítima de escarlatina, abalou a fé de Darwin no cristianismo.
O naturalista Alfred Russel Wallace escreveu uma carta para Darwin em 1857, pedindo que o estudioso avaliasse sua própria teoria de seleção natural. Com medo de que outro pesquisador tivesse chegado à mesma conclusão, Darwin apressou a publicação de seus próprios estudos.
A primeira tiragem de "A Origem das Espécies" foi publicada no dia 22 de novembro de 1859. Todas os 1.250 exemplares se esgotaram.
Criado em uma família religiosa, Charles Darwin declarou-se agnóstico no fim da vida.
Charles Darwin morreu no dia 19 de abril de 1882. Seu corpo foi enterrado ao lado de outro importante cientista: Isaac Newton
Fonte: www.guiadoscuriosos.com

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A Cruz deve ser retirada...


SÍMBOLOS RELIGIOSOS NAS REPARTIÇÕES PUBLICAS DO ESTADO DE SP
(Fonte: FOLHA de SÃO PAULO, de 09/08/2009)

“Concordo plenamente com o Ministério Público de São Paulo, por querer retirar os símbolos religiosos das repartições públicas. Nosso Estado é laico e não deve favorecer esta ou aquela religião. A Cruz deve ser retirada!

Nunca gostei de ver a Cruz em tribunais, onde os pobres têm menos direitos que os ricos e onde sentenças são vendidas e compradas...

Não quero ver a Cruz nas Câmaras legislativas, onde a corrupção é a moeda mais forte...

Não quero ver a Cruz em delegacias, cadeias e quartéis, onde os pequenos são constrangidos e torturados...

Não quero ver a Cruz em prontos-socorros e hospitais,onde pessoas (pobres) morrem sem atendimento...

É preciso retirar a Cruz das repartições públicas, porque Cristo não abençoa a sórdida política brasileira, causa da desgraça dos pequenos e pobres.”

Frade Demetrius dos Santos Silva
* São Paulo/SP

domingo, 22 de novembro de 2009

Por hoje, apenas um texto. E lindo...


Considerações acerca do cinza

Se pessoas ranzinzas têm cor, devem ser cinzas. E o cinza me impressiona.
Todas as cores unidas fazem o branco quando elas se repelem surge o negro. Então, diametralmente opostos estão o branco e o negro, tal qual a presença e a ausência, o positivo e o negativo, razão e emoção. Atraem-se entretanto, o branco e o negro. Quando se fundem, assim, intima e intensamente, perdem a identidade, como em casos de amor, e eis o cinza inevitável.
Talvez seja a cor do mais almejado equilíbrio, o tom da perfeição: entre os extremos branco e negro, cinza. Nem yin, nem yang, cinza. Como podem os ranzinzas serem cinzas?
Quando a matéria se esvai no tempo-espaço ficam as cinzas.
Cinza é o concreto, mas também o etéreo.
Dias chuvosos são cinzas, dias chuvosos são de uma melancolia cinza que acalenta, mas tormenta. As tormentas são cinzas.
O mistério dos olhos dos gatos tem uma luz cinza.
Os corpos inundados de raios de luz X se refletem em nuances de cinza na película.
É também a cor da meia idade.
Dizem os especialistas que o cérebro encerra uma tal massa cinzenta: é onde pairam as cinzas dos pensamentos que se esvaem no tempo?
Postado por: Ana Clara
Extraído de: http://www.orisco.blogger.com.br/2003_11_01_archive.html

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Hoje é Dia da Consciência Negra

Feriado em grande parte do País, é celebrado como Dia da Consciência Negra
A homenagem ressalta a luta contra a esravidão e o preconceito.
O dia tem um significado especial para todos os afrodescendentes, pois foi escolhido(assim como o 21 de Abril que homenageia Tiradentes) para marcar o sacrifício de Zumbi.
Zumbi, o líder militar e político do Quilombo dos Palmares, tinha 40 anos quando no dia 20 de novembro de 1695 foi caçado e morto pelos mercenários a serviço dos portugueses.
O exemplo de bravura do herói brasileiro foi escolhido para homenagear e incentivar a luta pela liberdade e como um símbolo do orgulho negro.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Voltamos à ELETROVELA

Semana passada o Brasil industrializado ficou sem energia. Foi um escândalo. Alguns patifes politizaram a questão e a vida segue.

Por aqui, tudo bem. Apenas ficamos admirados com o espetáculo e o transtorno que uma queda de energia causa, e onde o serviço tem qualidade.

Ao avaliar a questão do apagão da semana passada, cheguei à conclusão que nós cruzeirenses somos uns palhaços. Como se fosse pouco a agonia de pagarmos a energia mais cara do Brasil, ainda temos que aceitar calados os apagões diários.

Apagão por aqui não causa escândalo. Todos nós, do empresário ao mais lascado morador de Cruzeiro do Sul, aceitamos pacientemente a falta de energia. Percebo em nós, indistintamente, certa cumplicidade.
Todas as noites, invariavelmente, tem faltado energia em algum bairro de Cruzeiro do Sul ou o que é mais comum, na cidade inteira.

Reclamo porque não devo nada à Eletrovela. Minha fatura de novembro vence ainda em 01/12 e o meu consumo (segundo a leitura deles) é de R$119,40. Entretanto, eles me assaltam em R$181,41 (já cheguei a pagar 227,00).

Todo mês é a mesma palhaçada. O sujeito faz a leitura do medidor, com um ar sério, de responsabilidade, e disfarçadamente te assalta. Imagino que os caras que fazem a leitura ou entregam a conta são preparados para a defesa da empresa mesmo com o risco da própria vida.

Chega a fatura, a gente se espanta, se revolta internamente e pendura na porta da geladeira. Anoitece, a gente dorme, bem ou mal, quase sempre no escuro e pela manhã prepara o ferro para bater ou o lombo para apanhar. A vida segue...

E a Eletrovela “juntando dinheiro com cambito”, o Governo Estadual levando o seu ICMS (R$42,53), o Federal levando seu COFINS(R$6,71), o seu PIS(R$1,46) e o Municipal levando sua “Taxa de Iluminação Pública”(R$7,16).

Uma empresa pública (ou pelo menos já foi), não poderia se gabar de auferir um lucro tão elevado como tem se gabado ano após ano.

Agora, poderia se gabar (se pudesse mesmo ou fosse cara-de-pau) era de oferecer um serviço de qualidade, não de extorquir um Estado miserável como o nosso.

Voltemos à lamparina, então. E aí vão algumas sugestões:

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Desabafo de Herbert Vianna

Cirurgia de lipoaspiração?
Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém, nem falar do que não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo e muito mais piração?
Uma coisa é saúde outra é obsessão. O mundo pirou, enlouqueceu.
Hoje Deus é a auto-imagem.
Religião, é dieta.
Fé, só na estética.
Ritual é malhação.
Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é bobagem.
Gordura é pecado mortal.
Ruga é contravenção.
Roubar pode, envelhecer, não.
Estria é caso de polícia.
Celulite é falta de educação.
Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso.
A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem?
A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem.
Imagem, estética, medidas, beleza.
Nada mais importa.
Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa.
Não importa o outro, o coletivo.
Jovens não tem mais fé, nem idealismo, nem posição política.
Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada.
Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar correr, viver muito, ter uma aparência legal, mas...
Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados, aos vinte anos não é natural.
Não é, não pode ser..Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude.
Que eu me acalme. Que o amor sobreviva. 'Cuide bem do seu amor, seja ele quem for.

Texto de Herbert Vianna

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Hoje na História


Em Petrópolis, na casa de verão do Barão do Rio Branco (José Maria da Silva Paranhos Junior) é assinado o tratado de limites entre Brasil e Bolívia, conhecido como Tratado de Petrópolis.

O acordo pôs fim à chamada Questão do Acre e deu ao Brasil o direito de anexar ao seu território a imensa área de quase 200.000 km² onde hoje é o Estado do Acre.

O Acre é um caso especial na História do Brasil. Diferente dos estados do Sul e alguns do Sudeste que lutaram para apartar-se do Brasil, o Acre lutou para ser brasileiro.

O tratado do dia 17 de novembro de 1903 marcou na História uma das maiores vitórias da diplomacia brasileira e transformou o Barão no maior herói da República (apesar de que a exemplo do pai, o Visconde do Rio Branco, era monarquista).

Duas imagens do histórico Tratado. A primeira, no jadim da casa do Barão e a segunda reproduçao do Tratado entre os dois países.

Mais sobre a Questão do Acre e o Tratado de Petrópolis em:

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Sobre 24 Horas de Total Poder...

O fragmento de texto abaixo é um dos melhores que vi nos últimos tempos.
Pouco extraordinário, pra lá de expontaneo, inocente até. É o encontro banal, improvável(?), que surpreende pela simplicidade das palavras e dos sentimentos nele envolvidos.
Fui surpreendido pela possibilidade cotidiana. Trata-se de um transbordamento de amor, talento e inspiração. A inspiração dos apaixonados, que sensibiliza e nos faz acreditar no amanhã.
É graças ao amor e à loucura dos jovens que as crianças continuarão a povoar o mundo, não pelo azedume e mesquinhez dos empedernidos.
Foi extraído do blog do Isaú Melo textosetexticulos.com/.  Espero que goste.

"Há essa hora posso simular situações e contar pro vento os meus pequenos grandes sonhos... queria te encontrar assim, num dia frio, bom para caminhar, te encontrar dentro de uma Biblioteca, comendo batatas fritas e estudando libras, tudo o que eu queria era algo do Pessoa ou do Neruda pra tentar me inspirar, no entanto, tive mais que isso, mais do que o que eles tiveram para escrever, a visão do paraíso, uma linda mulher, de cabelos castanhos claros, (brinquedo predileto do vento), um sorriso largo e encantador, rostinho de criança, com traços artísticos divinamente inspirados, escondidos por trás de um óculos de uma dessas marcas famosas. Usava calça jeans e havaianas, tudo tão natural e ao mesmo tempo mais elegante que os vestidos das senhoritas ricas de dois séculos atrás. No primeiro olhar senti que faltou o chão, no segundo olhar o coração acelerou a tal ponto que senti meu sangue correr veloz nas veias como se fosse em uma pista de autorama, respirei fundo pra que não tivesse um troço e ai senti falta do suco ruim de beterraba que minha mãe sempre quis que eu tomasse pra que eu me sentisse forte. No terceiro olhar, nossos olhares se cruzaram, ai, se existe cupido ele já não usa flecha, e sim uma escopeta de cano duplo, e não atira mais no coração e sim nos olhos e no cérebro, bem naquele cantinho que onde fica a razão e o equilíbrio, porque de tanto te olhar, tropecei numa estante, espatifei livros, chutei um vaso de plantas e derrubei alguns quadros decorativos, nesse momento aparecia você, se eu tivesse vergonha, teria ficado na hora, mas você riu e disse: “Não se preocupe, eu também sou super desastrada.” A partir daquele momento acreditei no amor a primeira vista, você saiu da biblioteca, pensei em te deixar ir e guardar esse momento no meu relicário sentimental, mas não, tomei coragem e fui ao teu encontro, falei qualquer coisa a respeito do tempo e ou do trânsito complicado do fim da tarde, há essa hora já tinha escondido o relógio de pulso pra perguntar se você poderia me informar que horas eram. Você respondeu e eu te entendi dizer que faltavam 15 minutos pra eu ser feliz, na verdade, naquele momento tudo o que me interessava era interagir contigo, pois temia de que, do nada, você desaparecesse da mesma forma que apareceu..."

Imagens de Cruzeiro do Sul


Sou cruzeirense. Aqui nasci e aqui aprendi a olhar o mundo.

Como não sou turista, procuro ver a cidade com um olhar diferente.

Por isso, registrei (sem mágoas) o que os poderosos preferem ignorar. Esgoto in-natura de toda a Cidade que é lançado no Boulevard.
Deste ponto ao Rio Juruá é um palmo.

Em duas direções, o exato local em que a Cidade de Cruzeiro do Sul despeja seu esgoto. Seria apenas um novo ângulo, se não fosse trágico.

domingo, 15 de novembro de 2009

Parabéns, Luís Eduardo!

Essa postagem só será compreendida por quem é pai ou mãe.

Fugindo um pouco à rotina de postagens deste blog, abro uma janela para falar da família.

Há 7 anos, na Santa Casa de Misericórdia de Cruzeiro do Sul, nascia meu segundo filho – Luís Eduardo Silva Rocha.

Como em 2002, o Governo já pagava melhor e não atrasava salário, já tínhamos adquirido nossa máquina fotográfica (era máquina mesmo, pode crer) e registramos tudo.
Em 1994, quando a Ana Luísa nasceu, a crise era braba e as imagens, mesmo as mais importantes, eram raras.

O amor é inexplicável e ao mesmo tempo fácil de explicar (embora eu não saiba, ainda). Quanto mais se divide, se distribui, mais ele aumenta. Acho que é por isso que diante dos filhos e de suas conquistas, os pais se derramam.

Ana Luísa e Luís Eduardo em 2004
Um filho será sempre um espelho. Diante deles, buscaremos sempre semelhanças ou diferenças.
Às vezes me vejo nele, outras vezes não. Adora ler, é torcedor do FLAMENGO, é manhoso, não cultiva nem demonstra mesquinhez, não se prende a dinheiro.
É um pequeno grande sujeito, bom desenhista e contador de histórias. Poderá ser poeta? Meu Deus...!

Há 120 anos...



Hoje, no Dia da Proclamação da República, faço uma homenagem aos brasileiros que morreram na esperança de um dia poderem decidir seus destinos.

Escolhi o belo poema de Joaquim de Medeiros e Albuquerque(1867-1934) que eleva a não menos bela música de Leopoldo Américo Miguez(1850-1902) para registrar os 120 anos do evento que marcou o fim do período monárquico no Brasil.

É bem verdade que não marcou o fim das oligarquias, da corrupção, dos coronéis... mas os caras fizeram a parte deles, né?

O belíssimo Hino, tornado oficial já em 1890 (Publicada no Diário Oficial de 21 de janeiro de 1890) é inexplicavelmente um dos menos conhecidos dos brasileiros. Nós brasileiros, aliás, somos uns mal agradecidos, pois temos quatro belíssimos hinos e sequer conhecemos suas letras.

São eles: Hino Nacional, da Independência (o meu favorito), da Proclamação da República e o Hino à Bandeira.

 Hino da Proclamação da República
    Seja um pálio de luz desdobrado,
    Sob a larga amplidão destes céus
    Este canto rebel que o passado
    Vem remir dos mais torpes labéus.
    Seja um hino de glória que fale,
    De esperança de um novo porvir,
    Com visões de triunfos embale
    Quem por ele lutando surgir.

    Liberdade! Liberdade!
    Abre as asas sobre nós
    Das lutas, na tempestade
    Dá que ouçamos tua voz.

    Nós nem cremos que escravos outrora,
    Tenha havido em tão nobre país
    Hoje o rubro lampejo da aurora,
    Acha irmãos, não tiranos hostis.
    Somos todos iguais, ao futuro
    Saberemos unidos levar,
    Nosso augusto estandarte, que puro,
    Brilha ovante, da Pátria no altar.

    Liberdade! Liberdade!
   
    Se é mister que de peitos valentes,
    Haja sangue em nosso pendão,
    Sangue vivo do herói Tiradentes,
    Batizou este audaz pavilhão.
    Mensageiro de paz, paz queremos,
    É de amor nossa força e poder
    Mas da guerra nos transes supremos,
    Heis de ver-nos lutar e vencer.

    Liberdade! Liberdade!...
   
    Do Ipiranga é preciso que o brado,
    Seja um grito soberbo de fé,
    O Brasil já surgiu libertado,
    Sobre as púrpuras régias de pé.
    Eia pois, brasileiros, avante!
    Verde louros colhamos louçãos,
    Seja o nosso país triunfante,
    Livre terra de livres irmãos!

    Liberdade! Liberdade!...


Ouça aqui: http://www.youtube.com/watch?v=G9QlNb2Qrug

sábado, 14 de novembro de 2009

Música/Poema



Intuição
(Oswaldo Montenegro)

Canta uma canção bonita falando da vida em ré maior
Canta uma canção daquela de filosofia e mundo bem melhor
Canta uma canção que agüente essa paulada e a gente bate o pé no chão
Canta uma canção daquela, pula da janela, bate o pé no chão
Sem o compromisso estreito de falar perfeito, coerente ou não
Sem o verso estilizado, o verso emocionado, bate o pé no chão
Canta o que não silencia, é onde principia a intuição
E nasce uma canção rimada da voz arrancada o nosso coração
Como sem licença, o sol rompe a barra da noite sem pedir perdão
Hoje quem não cantaria, grita a poesia e bate o pé no chão
Sem o compromisso estreito de falar perfeito, bate o pé no chão
Sem o verso estilizado, o verso emocionado, bate o pé no chão
Canta uma canção bonita falando da vida em ré maior
Canta uma canção daquela de filosofia, é mundo bem melhor
Canta uma canção que agüente essa paulada e a gente bate o pé no chão

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

É, Campeão! O Vasco deu a volta por baixo.

Agora há pouco os vascaídos passaram em carreata aqui pela minha rua. São os “grandes campeões” da Série B do Campeonato Brasileiro 2009.

Para quem não entende muito de futebol, a Série B, também conhecida como Segunda Divisão é um campeonato onde só jogam os piores times do ano anterior.

Meio que decepcionado, devo reconhecer a importância do vasco. Pensando melhor, ainda bem que voltou, pois o FLAMENGO deveria estar já a essa altura do campeonato com uma boa folga na tabela. Se o vasco não tivesse caído no ano passado, teríamos seis pontos a mais. Como eles fizeram falta esse ano...!

Tudo bem, já que voltaram fica a esperança de mais gozação no ano que vem.
E já que voltaram (infelizmente), poderiam pensar em mudar um pouco o visual.
A começar pela camisa. Aquela faixa preta dá a idéia de luto e um constante sofrimento.

Aquela jangada no escudo do time lembra naufrágio.


O vasco, aliás, é um clube pra lá de esquisito, que está na contramão da lógica e da paixão nacional.

Para começar, o nome (Vasco da Gama) é o de um pirata, um português, a pior espécie de europeu que existe, que tirando Saramago e Fernando Pessoa nunca produziu nada que valesse a pena.

O uniforme foi inspirado na camisa de um time argentino, pode? O Boca Juniors de Maradona, o pior noiado e trapaceiro que o futebol já viu.

Mesmo assim, parabéns aos vascaínos que voltando “deram a volta por baixo” e já podem perder novamente para os times da Primeira Divisão. Mas só no ano que vem.

Por enquanto, o vasco ainda é o "time da virada".

Ocidental FM em Porto Walter

Ocidental FM, do 'vixe, Maria!' está no ar em Porto Walter
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12 de novembro de 2009
washingtonestudio.jpg
Radialista Washington Aquino no estúdio da sua rádio FM, [90.1] no Juruá.

O último Programa Assembleia Aberta de 2009, realizado no município de Porto Walter, Juruá, contou com a transmissão pela FM Ocidental [90,1], de propriedade do mais famoso radialista acreano, Washington Aquino.
Com o auditório de uma escola local lotado de pessoas da cidade, representantes de várias comunidades da região, 16 deputados estaduais, prefeito e vereadores, a rádio inaugurou sua primeira transmissão ao vivo de um evento no município.
-É a primeira vez que estamos fazendo isso – comemora Washington.

A emissora ainda não está com sua capacidade de alcance total. Mas Porto Walter e as redondezas já podem sintonizar – das 4h à 0h00 – a programação em freqüência modulada.

A partir de dezembro a potencia da FM Ocidental será ampliada e todo Juruá, até o município de Tarauacá, poderá contar com a programação da mais nova rádio do estado.

Nesta quinta-feira, 12, Washington Aquino recebeu o documento-autorização da Anatel [Agência Nacional de Telecomunicação]. É uma vitória para quem sempre quis ter a própria emissora.

A reportagem de oestadoacre.com visitou a casa onde funciona a FM Ocidental. Com o Título Definitivo número 01 [o primeiro TD do município] Washington Aquino se orgulha de ter conseguido comprar a propriedade.

-Aqui funciona a rádio e ali atrás fica o meu quarto, onde durmo e penso sobre as coisas que tenho que fazer. É uma tranqüilidade e eu gosto disso – ressalta.

A FM Ocidental terá dois estúdios – em Cruzeiro e Porto Walter, que já existe.

-Vamos ter programa direto de Cruzeiro do Sul com o Nonato Costa e o meu, a partir de janeiro, se chamará Programa Washington Aquino, de segunda à sexta das 9 às 13h.

Poucos recursos

Washington Aquino tem dificuldades para manter a emissora no ar. Os custos não são baixos, além de que no começo tudo se torna mais difícil ainda. Com ajuda de amigos – e um financiamento de R$ 150 mil do Banco da Amazônia -  a rádio vai dando os primeiros passos.

Mensagens, avisos são a nova onda em Porto Walter. As igrejas – evangélica e católica – também começam a descobrir os benefícios da nova FM.

-Aqui as pessoas dependem quase 100% do rádio. Tudo se sabe pelo rádio praticamente – diz Washington.

Internet

Um dos problemas da FM Ocidental é a internet ainda muito incipiente na cidade. A emissora está tentando conseguir uma antena específica para receber o sinal de internet e, com isso, ajudar no desempenho da própria rádio no que diz respeito a atualização de notícias.



Fonte: www.oestadodoacre.com

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Parabéns, Dom Luís!

Importante data na bela história da Igreja Católica no Juruá bem lembrada pelo meu padrinho Padre Jorge.


Trata-se do aniversário de 30 anos da ordenação episcopal (ordenação de bispo) e 61 anos de sacerdócio de Dom Luís Herbst.

Dom Luís Herbst é bispo emérito (aposentado) da Diocese de Cruzeiro do Sul. Nasceu em Bardenberg-Würselen perto de Aachen na Alemanha em 23 de novembro de 1925.

Dando forma ao meu mais recente e apaixonado projeto (um livro sobre a História de Porto Walter e a Igreja Católica no Juruá), entrevistei Dom Luís em duas oportunidades.

A entrevista serviu-me para afastar os temores sobre a decisão de ser historiador. A entrevista de duas horas aprox. mostrou-me um cidadão amável e compreensivo, pelas suas palavras pude concluir que Porto Walter é a sua grande paixão, pois foi para lá que

“Em 52, recém ordenado padre em Knechtsteden/Alemanha, pelo mês de dezembro, mesmo sem falar português, a convite do então Padre Henrique Ruth, partiu do porto de Marselha na França já com destino à Paróquia dirigida pelo amigo de seminário – A paróquia era Nossa Senhora da Conceição em Porto Walter.” (História S. de PW – em construção)

Ficará em Porto Walter até junho de 1967 quando chamado outra vez por Dom Henrique (agora bispo) transfere-se para Cruzeiro do Sul para tornar-se Vigário Geral da Prelazia. É desta sua passagem pela antiga Vila Humaitá ou Porto Walter que se contruiu ali uma das mais belas igrejas de toda a Diocese. A Igreja de Porto Walter justifica uma foto. 


A imagem de Porto Walter - Para onde as objetivas convergem quando se busca uma lembrança.
Treze anos depois de sua transferência de Porto Walter é ordenado Bispo Coadjutor da Prelazia do Alto Juruá.

Em 1988 (07/12/1988), com a aposentadoria de Dom Henrique Rüth e a elevação da Prelazia à categoria de Diocese, tornar-se-á o primeiro Bispo Diocesano de Cruzeiro do Sul.


A foto: Dom Luís e eu na porta da Casa Paroquial construída nos primeiros anos de sua chegada à Porto Walter.
Renuncia em 2001 e após um breve período de férias, em 2002, reassume a Paróquia de Porto Walter 35 anos depois.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Música/Poema


Companheira de Alta Luz
Zé Ramalho/Fausto Nilo
Quando a saudade cinzenta cruza meu paradeiro
Quando o azul da incerteza cai no branco da casa
Nas asas do pensamento tudo já se criou
E a esperança não tem palavras meu louco amor
Seu olhar se perdeu no largo da natureza
Só pra tentar esquecer imagens tão perigosas
É que a rosa perfeita é um artifício do amor
Que a natureza criou e a vida se transformou
Você faz chover no fogo do sertão
Você faz o mar secar e o céu cair no chão
Companheira de alta luz
Um obscuro desejo abre um grande letreiro
E eu considero que a fome está batendo na porta
Desesperado eu sonhei que havia um mundo melhor
E acordei solitário no escuro da dor
Essa saudade também rondava a tua cabeça
Além dos males do bem essa paixão nos devora
Vem lá de fora uma brisa com teu cheiro de amor
Que a natureza criou e a vida se transformou
Você faz chover no fogo do sertão
Você faz o mar secar e o céu cair no chão
Companheira de alta luz.
Ouça a música: 

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

HÁ VINTE ANOS...

Há vinte anos (09.11.1989), teve início a retirada do Muro de Berlin que simbolizava a divisão do mundo. Mais que uma barreira física, representava uma barreira ideológica.

O Muro de Berlim ("Berliner Mauer" em alemão) foi uma barreira física, construída pela República Democrática Alemã (Alemanha Oriental) durante a Guerra Fria, que circundava toda a Berlim Ocidental, separando-a da Alemanha Oriental, incluindo Berlim Oriental.

Este muro, além de dividir a cidade de Berlim ao meio, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos ou partes: República Federal da Alemanha (RFA), que era constituído pelos países capitalistas encabeçados pelos Estados Unidos; e República Democrática Alemã (RDA), constituído pelos países socialistas simpatizantes do regime soviético.

Construído na madrugada de 13 de Agosto de 1961, dele faziam parte 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas electrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda. Este muro provocou a morte a 80 pessoas identificadas, 112 ficaram feridas e milhares aprisionadas nas diversas tentativas de o atravessar.


Mais em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Muro_de_Berlim

Hoje na História do Juruá

09.11.1947 – Num domingo, com grandiosa recepção, chega a Cruzeiro do Sul Dom José Hascher, segundo Bispo da Prelazia do Alto Juruá.


Dom José havia sido eleito no dia 27 de março daquele ano e quase oito meses depois é que efetivamente toma posse (a data da posse é 21/11). Ficará no cargo por vinte anos até 1967 quando renuncia.


Quanto a sua nacionalidade há controvérsias. Pelo que pesquisei, Dom José nasceu alemão em território francês, ou francês em território alemão. Pode-se dizer então, sem riscos, que era franco-germânico.


Nasceu na região da Alsácia (França) numa época em que esta passara a possessão alemã pela vitória na Guerra Franco-Prussiana (ou França x Alemanha).

sábado, 7 de novembro de 2009

Para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada

Andei pesquisando sobre “intolerância”. Pesquisei porque tentava entender que porcaria de Universidade é essa tal UNIBAN que massacrou uma jovem, aluna da própria universidade, apenas por não gostarem do modo como se vestia.


Depois encontrei outras versões e parece que a história não foi exatamente da forma noticiada a princípio. Ela teria "provocado". Uma ou outra, o caso é preocupante.


Fosse um curso de Direito ou Teologia, vá lá, mas Turismo? Fosse no Ira, no Iraque ou no Afeganistão, vá lá, mas no Brasil? Fosse dentro de uma igreja daquelas bem fundamentalistas eu ficaria calado, mas numa universidade?


INTOLERÂNCIA, encontrei no Wikipédia uma boa definição:


Intolerância é uma atitude mental caracterizada pela falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar diferenças em crenças e opiniões.

Num sentido político e social, intolerância é a ausência de disposição para aceitar pessoas com pontos-de-vista diferentes. Como um constructo social, isto está aberto a interpretação. Por exemplo, alguém pode definir intolerância como uma atitude expressa, negativa ou hostil, em relação às opiniões de outrem, mesmo que nenhuma ação seja tomada para suprimir tais opiniões divergentes ou calar aqueles que as têm. Tolerância, por contraste, pode significar "discordar pacificamente". A emoção é um fator primário que diferencia intolerância de discordância respeitosa.

A intolerância pode estar baseada no preconceito, podendo levar à discriminação. Formas comuns de intolerância incluem ações discriminatórias de controle social, como racismo, sexismo, homofobia, homofascismo, heterossexismo, etaísmo (discriminação por idade), intolerância religiosa e intolerância política. Todavia, não se limita a estas formas: alguém pode ser intolerante a quaisquer idéias de qualquer pessoa.

Em sua forma cotidiana, a intolerância é uma atitude expressa através de argumentação raivosa, menosprezando as pessoas por causa de seus pontos-de-vista ou características físicas e/ou culturais, retratando algo negativamente devido aos próprios preconceitos etc. Num nível mais extremo, pode levar à violência; em sua forma mais severa, ao genocídio. Possivelmente, o exemplo mais infame na cultura ocidental seja o Holocausto. O colonialismo foi baseado em parte, na falta de tolerância para com culturas diferentes daquela da metrópole.


Como historiador já vi esse filme: Primeiro foram os mendigos, depois as prostitutas, os negros, os judeus, os cristãos...


Fosse Jesus, heim? Lembro daquela passagem belíssima em que desmascara os fariseus. “Na Lei, Moisés nos ordena apedrejar tais mulheres. E o senhor, que diz?” (João 8. 5).


Jesus parece não ter muita pressa para responder, mas como os patifes insistem por uma resposta que fatalmente terminaria na morte da mulher ou do próprio Jesus, ele diz:


“Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela”.


Simples assim? Tudo bem, Jesus era Jesus, mas e o exemplo, não serve para nós?

É a mesma cena. Provocar a sensualidade dos outros através de trajes insinuantes em lugares públicos é no mínimo comparável ao procedimento daquela prostituta bíblica. Acossá-la daquela maneira é no mínimo hipocrisia. E os excessos do Carnaval, das praias, das zonas de prostituição?


Expulsá-la da universidade (conforme foi anunciado hoje), é o mesmo que um apedrejamento coletivo.


“Para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada”. A frase de Edmund Bruke nos conclama à reflexão e nos impele a repudiar a paranóia, o ódio, a histeria, o preconceito e a maldade coletiva.

Ou então, selecione suas pedras.