Ontem pela manhã, ao acessar um famigerado site de
notícias da capital me deparei com a seguinte notícia:
O que poderia ser apenas
mais uma notícia irrelevante sobre a politiquice no meu Estado me fez pensar
sobre a realidade de alguns partidos políticos.
Alguns são latifúndios dominados por dois ou três
velhinhos que nada mais deveriam estar fazendo que cuidar dos netos, contar
seus milhões (roubados ou não) e deixar a política, o futuro e os destinos do
mundo para quem terá futuro – os jovens.
Não votaria mesmo em Rodrigo Pinto, muito menos
em Flaviano. O primeiro, porque o conheço (pela mídia) a pouquíssimo tempo e
apenas que é filho do ex-governador Edmundo Pinto. O segundo é porque o conheço
há tempo demais.
Há mais de 25 anos que ouço falar em Flaviano Melo e sempre
que seu nome é pronunciado dentro de um quartel da Polícia Militar vem logo a frase,
vinda de qualquer lugar: “Quando foi governador, foi a época em que houve mais
suicídio entre os policiais”. O policial de serviço usava a própria arma da corporação
para por fim a crises de dívidas, de fome e de humilhações pelo reduzido e constantes
atrasos salariais.
O PMDB é um partido dos velhos. Pelo menos a
liderança, quem tem poder de decisão já tem pra lá de 60. Vejamos alguns: Zé
Sarnei, Pedro Simon, Jarbas Vasconcelos, Jader Barbalho, Mão Santa, Renan Calheiros.
Por aqui, entre os delegados do partido, seguramente, nove entre dez tem mais
de 60 anos.
É a meu ver um partido sem militantes. E como militância,
liderança política se faz nas escolas, nos grêmios estudantis ou nos grupos de
jovens e não em reuniões da terceira idade, o partido pouco se faz entender
pelos jovens. Por aqui, seus eleitores pouco conhecem o programa do partido(se é
que tem), sua principal bandeira tem sido o sectarismo da idéia anti-PT. Suas
poucas vitórias tem sido baseadas nessa idéia “tirar votos do PT”. O problema
tem sido esse, é que “quem tira, muitas vezes não sabe onde põe”.
O partido não vê com bons olhos a ousadia do
jovem. Lembro que meu amigo Dikin há uns seis anos foi candidato pela sigla e
apesar da boa votação que teve não foi eleito. Pela falta de espaço foi
obrigado a buscar outros rumos.
Quem não se lembra da convenção do partido para a
eleição municipal de 2000? O prefeito na época era um sujeito que amargava uma grande
rejeição, com denúncias, escândalos e afastamentos pela justiça. Encomendaram
uma pesquisa de intenção de voto e nela o candidato do PMDB com maiores chances
de vitória era uma liderança mais jovem.
Tentar a reeleição naquelas circunstâncias seria
uma temeridade (como de fato foi). Os donos do partido, comandados pelo
prefeito, mesmo correndo o risco de amargar uma derrota e esfacelar o partido
conclamaram a convenção e para espanto quase geral, o ancião/prefeito venceu
com sobras. Como venceu? Pergunte aos delegados do partido, pois essa é uma página
sombria e obscura da nossa história política.
Venceu
a convenção, porque a eleição...
Depois de mais essa esperteza e essa providencial
“poda” numa liderança do partido Jovem por ali é apenas um voto no dia das eleições.
4 comentários:
Parabéns! Quanto ao Dikin, Cruzeiro do Sul perdeu muito com a sua não eleição! É um bom garoto! Correto, honesto e competente!
O PMDB na nossa região representa o que há de mais atrasado na política: coronelismo, clientelismo, servilismo. Isso não me alegra, pois empobrece a democracia. Logo um partido como o PMDB de importancia historica para o país. Uma mente como a do Dikin jamais teria espaço num lugar sombrio destes.
A propósito, não é o Michel Temer que o PT pleiteia p ser o vice da Sra. Dilma???? Ou estou enganado???
Pessoal, o que está em jogo não é os rumos da nação em direção ao progresso do povo, e sim dos partidos e os conchavos que são mais "importantes"...
Se o PMDB se aliar com a FPA, podem ter certeza que todos se chamarão COMPANHEIROS. Basta lembrar que o PP que hoje ajuda a dar as cartas também esteve do outro lado, em fim,os caciques se entendem na hora que é conveniente..
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