Aconteceu o que eu temia. Michael Jackson o grande astro da música pop mundial morreu jovem.
Morrendo aos 50 anos, Michael deixará no mundo (da música ocidental) um vazio e uma sensação de que foi antes da hora. Acho que foi mesmo, acho que deveria ter envelhecido.
Frank Sinatra foi muito mais cantor que ele, mas envelheceu, foi muito mais comedido e menos polêmico, mas envelheceu.
Sorte a dele que morreu jovem. Sorte igual teve John Lenon que era menos cantor que o Paul Mccartney, mas deu a sorte de ser assassinado por um fã na porta do apartamento onde morava e é cultuado por muitos como um deus.
Assim tem sido com muitos heróis da modernidade. Assim foi desde a antiguidade com os heróis da história. Alexandre, Napoleão, Zumbi, Tiradentes, Euclides da Cunha, Plácido de Castro, Martin Luther King, Chico Mendes, Airton Senna.
Os bons morrem cedo, já dizia Renato Russo (que morreu cedo também).
É a condição do ser herói, não há outra possibilidade. A velhice desgasta o herói. É por isso que desejo vida longa ao Shumacher, a Madonna, ao Marcelo D2, ao Fernandinho Beira-Mar e a alguns políticos que conheço.
Morrendo jovem, Michael Jackson se perpetua. Seus fãs o idolatram de tal forma que seus erros e seu legado de palhaçadas e esquisitices devem ser apagados como forma de não macular uma imagem que não era exatamente a imagem do bem.
Tivesse envelhecido, poderia ser desmascarado. Morrendo, se liberta da condição humana e nada mais o atinge.
Não gosto da música que ele cantava, nunca comprei discos dele e nunca os compraria, mas reconheço sua importância para muitos da minha idade. Sua maneira de ser, de desafiar regras e de remar contra a maré, foi inspiração para muitos.
Michael Jackson foi um produto da mídia. Não era real porque não poderia ser real. Jacson era um produto com prazo de validade vencendo. Seu mito não se sustentaria por mais uma década.
Michael Jackson foi uma fraude. Imitá-lo é demência em alto grau, porque Michael Jackson nunca existiu. Todo ele era uma mentira. Era e é (agora principalmente) uma marca do capitalismo feito a Coca-Cola ou a Nike.
Morrendo, garantiu seu lugar na história. Sobrevivendo (parece que assim vivia), seria desfeito como um castelo de nuvens, mas para isso, precisaria de tempo. Tempo que talvez, intencionalmente, tenha subtraído.
Portanto, não sou daqueles que dizem: “já vai tarde”.
Sou daqueles que dizem: “Michael, você partiu cedo, nem nos deu a oportunidade de vê-lo ser desmascarado”.
2 comentários:
Bom!! muito bom, seu comentário. Vale ressaltar ainda q em vida ele já estava praticamente esquecido, contudo, a hipocrisia de alguns é tanta q um repórter disse q ele era muito amado, que nada?? O cara estava quase esquecido, na maior solidão e agora dizem q era amado?? Um cara q n tinha amor próprio, se auto mutilava c a obseção de mudar a aparência. É lamentável q como uma bomba, ele se auto destruiu. Claro, q cada um faz da sua vida o q achar melhor, desde que, n prejudique outras pessoas, e com certeza ele desonrou a família de algum garoto empolgado por está perto de seu "astro". Bem, eu n tenho filho meu p dormir na casa e na cama com alguém em condiçoes como as q foram noticiadas...
Cra parabens meu caro Franciney, essa matéria estar show de bola, vou até publicar no blog da UJS, a mídia brasileira tem dessas, morreu, é o deus do momento, o Michael Jackson só passava na mídia ultimamente envolvido em escândalos e muita coisa ruim, que eles faziam a festa, agora é um mito. Brincadeira, quero ver se o sarney morrer agora que nao desejo isso , vão o enaltecer.
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