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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

"Aeroporto Internacional de Cruzeiro do Sul - Terra dos Náuas"

Perpétua aprova homenagem aos Náuas

Povo indígena habita o Juruá há 142 anos, foi ameaçado, perseguido e somente em 2002 teve reconhecidos a sua terra e registro antropológico. Deputada resgata identidade deles, que são lembrados por todos na região.

Perpétua na Comissão de Educação, nesta quarta-feira: homenagem justa

Aeroporto Internacional de Cruzeiro do Sul – Terra dos Náuas. Assim deve ser batizado um dos mais imponentes aeroportos da Amazônia, reinaugurado no dia 28 de abril deste ano pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva. Trata-se de uma homenagem da deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB) à identidade e resistência do povo indígena que representa a originalidade dos que habitam a região do Vale do Juruá.

A proposta foi aprovada pela unanimidade dos parlamentares na Comissão de Educação da Câmara Federal, na tarde desta quarta-feira. Em sua justificativa, a deputada lembra fases da história com os seguintes ensinamentos: os Náuas, segundo o expedicionário William Chandles, habitam a região há 142 anos, foram perseguidos e massacrado, ameaçados de extinção e somente em 2002, por sentença judicial, tiveram suas terras demarcadas e seu registro antropológico declarado.

"Este nome reflete o que é a cultura da nossa terra. É justo lembrar o bom momento que vive Cruzeiro do Sul, com o advento da Expojuruá e, ainda, do intercâmbio inédito com o Peru. O aeroporto tem a cara da cidade, por ser uma obra inspirada na cultura indígena e paisagismo com plantas nativas", disse a deputada, que é natural de Porto Walter, uma das cinco cidades que integram a Terra dos Náuas – denominação também usada como marca de produtos alimentícios, time de futebol e empreendimentos comerciais.

"Além de resgatar a memória de um dos segmentos excluídos pela história oficial, o projeto oferece às futuras gerações de acreanos o reconhecimento de sua cultura étnico-cultural, assentada nas raízes indígenas de seu passado", escreveu, em seu voto, a relatora do projeto, a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), que é coordenadora da Bancada Feminina no Congresso Nacional.

A arquitetura do aeroporto lembra uma habitação indígena, com piso em porcelanato e estrutura metálica. Pode receber até uma aeronave de grande porte (150 passageiros) a cara 24 horas e pontencializa a ligação internacional com o Peru, em apoio à integração econômica e turística. A obra custou R$ 30 milhões, dos quais 15% de contrapartida do Governo no Acre.

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