Perpétua aprova homenagem aos Náuas
Povo indígena habita o Juruá há 142 anos, foi ameaçado, perseguido e somente em 2002 teve reconhecidos a sua terra e registro antropológico. Deputada resgata identidade deles, que são lembrados por todos na região.
Perpétua na Comissão de Educação, nesta quarta-feira: homenagem justa | |
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A proposta foi aprovada pela unanimidade dos parlamentares na Comissão de Educação da Câmara Federal, na tarde desta quarta-feira. Em sua justificativa, a deputada lembra fases da história com os seguintes ensinamentos: os Náuas, segundo o expedicionário William Chandles, habitam a região há 142 anos, foram perseguidos e massacrado, ameaçados de extinção e somente em 2002, por sentença judicial, tiveram suas terras demarcadas e seu registro antropológico declarado.
"Este nome reflete o que é a cultura da nossa terra. É justo lembrar o bom momento que vive Cruzeiro do Sul, com o advento da Expojuruá e, ainda, do intercâmbio inédito com o Peru. O aeroporto tem a cara da cidade, por ser uma obra inspirada na cultura indígena e paisagismo com plantas nativas", disse a deputada, que é natural de Porto Walter, uma das cinco cidades que integram a Terra dos Náuas – denominação também usada como marca de produtos alimentícios, time de futebol e empreendimentos comerciais.
"Além de resgatar a memória de um dos segmentos excluídos pela história oficial, o projeto oferece às futuras gerações de acreanos o reconhecimento de sua cultura étnico-cultural, assentada nas raízes indígenas de seu passado", escreveu, em seu voto, a relatora do projeto, a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), que é coordenadora da Bancada Feminina no Congresso Nacional.
A arquitetura do aeroporto lembra uma habitação indígena, com piso em porcelanato e estrutura metálica. Pode receber até uma aeronave de grande porte (150 passageiros) a cara 24 horas e pontencializa a ligação internacional com o Peru, em apoio à integração econômica e turística. A obra custou R$ 30 milhões, dos quais 15% de contrapartida do Governo no Acre.
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