Este é um blog de opinião. As postagens escritas ou selecionadas refletem exclusivamente a minha opinião, não sofrendo influência ou pressão de pessoas ou empresas onde trabalho ou venha a trabalhar.

sábado, 25 de outubro de 2008

O CAPITALISMO E O "PREDADOR"

Agora que a garota Eloá foi sepultada e a culpa de tudo vai recair sobre quem sempre recai (me refiro à PM, que se mata é truculenta, e se deixa escapar é omissa). Aos poucos as coisas vão se ajeitando, devagarzinho, no passo da acauã (que se não chegar hoje chega amanha).

Agora com o horário de verão (engraçado é que ele começa quando acaba o verão), voltei a acompanhar o noticiário. A crise anda braba e tem “nego” se afogando à espera de um jacaré (que nem precisa ser manso) para se atracar.

Não dá para ignorar a crise da economia mundial, e antes mesmo que os analistas começassem a tecer suas opiniões sobre o tema, meus ex-alunos de História da Escola Marcelino Champagnat já sabiam que a Crise de 29 (também conhecida como Crack da Bolsa de Nova Iorque) foi o maior fracasso do capitalismo.

O que meus alunos sabem também, e já devem ter lembrado, é que o capitalismo também vai morrer. Quando trato sobre o período da História conhecido como Entreguerras (1919 a 1938) sempre faço uma analogia ao filme “Predador” (1987). É um filme do “porrete” (cacete é muito chulo). Na trama, o major Alan "Dutch" Schaefer (Arnold Schwarzenegger), descobre que o Predador (Kevin Peter Hall), apesar de ser um alienígena, com poderes pra lá de esquisitos, poderia ser abatido, uma vez que sangrava. A frase que ele usou, se não me engano, foi: “Se ele sangra, ele pode morrer”. Assim é o capitalismo, se adoece, se sangra...

Falar sobre economia? Você não está achando que eu vou me meter com isso, está? Pois se pensou, está “lascado”. Minha matemática mal dá para controlar o meu cartão de crédito, e porque precisava fazer umas continhas para aprender, sou péssimo em química, física e biologia.

Economia é muito complicado. Não consigo entender como funciona a tal cotação do dólar. Veja se eu não tenho um pouco de razão em não entender: Os estadunidenses (estranhou, né?, mas é assim mesmo que eles se chamam, americanos somos todos os nascidos no continente americano) estão em crise, certo? Diante disso, porque eles estão quebrando, a moeda deles não deveria perder o valor? Mas é o contrário. Já está valendo R$2,30, e subindo. Alguém já viu se vender casa pegando fogo? Na hora do aperto, por motivo de viagem ou doença as coisas não perdem o valor? Com eles não, e é por isso que cada vez entendo menos.

Esse negócio de bolsa de valores é outro imbróglio, (até já dei aula sobre isso, imagine). Como não compreendo, fico sempre torcendo para ela cair, na esperança de que algum banqueiro quebre, alguma empresa ganhe menos... sei lá porque, mas não tem jeito, eu também torço pelo afegãos, pelos iraquianos, pelo touro, para o goleiro defender o pênalti (principalmente se a cobrança for do Edmundo).

Mas voltando ao “Predador”, sério, é um filme fantástico e o que melhor encontrei para ilustrar esse momento de desespero que os defensores do capitalismo atravessam.

Talvez você nem lembre mais do filme, mas é um barato (e foi barato mesmo, o lucro é que foi assombroso), principalmente a cena final, com uma explosão atômica devastadora e o herói esperando o resgate. Quanto ao Predador, “a coisa do espaço”, porque sangrava, poderia ser morta, assim será com o capitalismo. Quem sobreviver (à cena final, a da explosão), verá.

Um comentário:

Izau Melo † disse...

É impressionante como estamos a mercê da economia americana e já ouvi brasileiros (cruzeirenses) dizerem que: "acho é pouco, bem feito para os americanos, isso é bom pra que vejam que não mandam no mundo". E tudo o que eu tenho a dizer ouvindo isso é: ????????
Como uma pessoa pode não achar que somos diretamente afetados com isso, minha namorada faz medicina na Bolívia e hoje ter que depositar alguma coisa pra ela no dollar turismo a quase 2,50...
É f...
Mas voltando ao post, ficou muito bom, acho que não é só o capitalismo que tá morrendo, acho que é o mundo inteiro