Desculpe pelo reles da linguagem, mas é que hoje não me importo de parecer mal
amado ou demasiado ranzinza. Tenho sorrido quando a piada é boa e me aborrecido
quando a insensatez extrapola os limites. Não me importo, inclusive se poucos
lerem esse post, afinal hoje é domingo de carnaval e parte do povo brasileiro
está curtindo uma tremenda ressaca pela noite de ontem.
Já desconfiava há algum tempo,
mas agora tenho por certeza: Não gosto de carnaval. Não consigo ver no carnaval
nenhum benefício além de uma oportunidade para ficar em casa com a família,
visitar os parentes os amigos ou não fazer nada.
Não consigo ver no carnaval nada
além de bebedeiras, descomposturas e prejuízos materiais e humanos. Não é que
eu esteja querendo fazer o tipo puritano, carola, papa-hóstia ou
fundamentalista religioso.
Carnaval é um desperdício. Principalmente
de vidas humanas. Só no ano passado (2010) o saldo do carnaval registrado pela
PRF nas estradas federais foi de 3.233 acidentes e 146 mortes. É normal? É
sensato? Quantos serão em 2011? No período, e em dias que antecedem a “celebração dionisíaca” os
exageros se multiplicam e se fazem comuns. É a exaltação do leviano, fútil e
descarado.
Das coisas supérfluas e sem
fundamento o carnaval é exemplo maior. Por mim, se acabasse (não proibido) não
faria falta. Sentiríamos certamente a falta do grande feriado para descansar do
ócio do natal e do ano novo. Fora isso, nada mais.
Não sou parente de Dionísio (deus
do vinho, vulgo Baco conhecido como deus da "putaria" e da desconstrução das regras sociais), sou avesso a bebidas inebriantes, alcoólicas ou a
substâncias alucinógenas. E, em não apresentando parentesco algum com o “deus
da depravação” ou como se referia um professor, “deus da desconstrução
paradigmática”.
O carnaval expõe nas pessoas aqueles pensamentos mais
escondidos e as aproximam substancialmente de animais. Alguns desses “homens” utilizam
em suas folias técnicas de mimetismo e descaradamente atacam o guarda-roupa da
mulher ou das filhas.
Não gosto, acho sem fundamento, e
me sinto lesado enquanto cidadão ao saber que os governos apoiam carnaval
chegando a dar dinheiro para “Escolas de Samba”. Que nossos impostos são utilizados
para patrocinar a destruição de vidas e de famílias tudo dentro da mais
perfeita passividade social.
E por falar em “Escolas de Samba”, diferente do que o nome possa sugerir não ensinam nada que preste, sequer o básico para uma escola de samba, que seria ensinar a sambar. Isso é o que menos se vê. Mas, pensando bem, os sambistas que desfilam pela Mâncio Lima nos oferecem um grande ensinamento que é a oportunidade de percebermos nossa incalculável babaquice. Então, viva Dionísio!
E por falar em “Escolas de Samba”, diferente do que o nome possa sugerir não ensinam nada que preste, sequer o básico para uma escola de samba, que seria ensinar a sambar. Isso é o que menos se vê. Mas, pensando bem, os sambistas que desfilam pela Mâncio Lima nos oferecem um grande ensinamento que é a oportunidade de percebermos nossa incalculável babaquice. Então, viva Dionísio!
2 comentários:
Fran, seu blog está ótimo. Depois de abril faremos um update (palavra besta, né?)e aí quero contar com você também na outro "voz". Mas quero lhe dizer que descobri que o carnaval me odeia. Nesse domingo, em apenas cinco minutos que separei pra tirar uma foto na mancio lima, perdi a chave da moto, da casa, da garagem e da dúvida. O carnaval me odeia mesmo. Que bom.
Ótimo post, muito corajoso por sinal. Acho que a sociedade permanece cega, ou não. Nossos jovens estão se perdendo para as festas da carne, nos vícios, prostituição, bebedeiras e drogas. E parece tudo normal e que vai tudo bem. Hoje é a quarta-feira dos arrependidos, e espero que você não tenha muito do que se arrepender, pois poderia ter sido pior...
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