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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Um bom papa de transição.

Quando em 2005 o Cardeal Ratzinger assumiu o controle da Igreja Católica o mundo o olhou com reservas, principalmente pela idade avançada. 
Pesava muito também o fato de estar sucedendo um papa pop que era um verdadeiro astro da mídia, possuidor de um carisma pessoal impressionante. 
Eu mesmo o olhei com reservas, mas hoje, ao tomar conhecimento de que renunciará dia 28/02 percebo que estava enganado ao tê-lo como "antipático".
Para quem não "ia muito com a cara dele" sempre ficou a esperança de que Joseph Ratzinger pela idade seria um papa de transição. E foi. 
Num momento de grande turbulência da igreja católica (que se via diante de temas polêmicos como casamento gay, pedofilia, e outros) a igreja escolheu o seu melhor teólogo para "levar porrada". Bento XVI os enfrentou e convocou os fiéis a os enfrentarem com coragem, muitas vezes suas ações e palavras até podem ser contestadas, mas não se pode dizer que Bento XVI foi um papa medroso.    
O motivo de sua renúncia, divulgado em todos os sites - Suas forças físicas o impedem de exercer a plenitude do seu cargo. 
Por isso renuncia e se recolherá em um mosteiro até que se lhe completem os dias. Isso é dignidade. 
Sobre esse recolhimento e essa dignidade diante da limitação física, seja pela idade avançada, seja pela gravidade da doença, parece ser uma característica do povo alemão. Justifico com o exemplo de humildade e coragem de três religiosos alemães que serviram/servem em Cruzeiro do Sul. Dom Henrique Ruth, Dom Luis Herbst (o outro, fica para outra oportunidade).      
Tomara que seu sucessor tenha um caminho bem mais fácil de percorrer.

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