Acidente ou não, o caso de ontem a noite em Oruru na Bolívia, joga o Brasil outra vez na berlinda. Logo no país da Copa...
Há tempos, torcer pelo seu time e ir a estádios deixou de ser um programa de família. As torcidas, assim como o crime parece que foram as únicas entidades a se organizar no Brasil. Deu no que deu, e como se não bastassem os exageros e a violência presentes na maioria dos nossos estádios, agora exportamos a violência e a agressão.
E por acidente ou não, uma criança boliviana, de uma torcida "inimiga" do Corinthians na noite de ontem, morreu vítima de um canhão disparado do meio da torcida brasileira.
O verdadeiro torcedor não deve ser confundido com bandido, mas quando uma torcida se autodenomina "bando de loucos" é no mínimo preocupante. Por quê não um bando de apaixonados, de pacifistas? A loucura é tanta que alguns gostam de dizer que "Deus é Fiel", numa referência não a fidelidade de Deus para com quem é justo, alguém que é decente, que não abandona a fé, mas para dizer que Deus é corintiano...
Durante o mundial de clubes no final do ano passado teve torcedor corintiano vendendo a casa e deixando a mulher e os filhos com a sogra para poder comprar a passagem para o Japão e demonstrar "sua paixão" e sua loucura.
Se o elemento vende a própria casa com a família dentro, se ele morre por um clube de futebol, imagine o amor que ele deve ter pelos outros...
Aos verdadeiros corinthianos, amigos meus, incapazes de ferir um "inimigo" que eles nem conhecem, que jamais farão parte de um "bando", seja ele qual for, a minha solidariedade neste momento em que os mau intencionados aproveitam para generalizar.
Não duvido nada que nos próximos jogos do corinthians as torcidas adversárias façam coro: Assassinos, assassinos!!! Isso não é bom.
Aos bandidos, presentes em todas as torcidas do mundo, o meu repúdio.
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