Ainda não totalmente desvencilhado dos afazeres docentes, mas já surfando na onda do "juntando as coisas".
Vamos ver se daqui para a frente as postagens caem como chuva. Tomara.
Nada de novo no front. Sempre as mesmas notícias: A polícia prendeu algum "marcão" com algum bagulho, um cabaço perdido, um foragido, uma suspeita de maracutaia... nada de novo. Talvez as eleições para diretor. É, as eleições foram notícia.
Ontem as escolas estaduais realizaram eleições para diretor.
Mais tranquilo que desfile de escola de samba, melhor comparando, do jeito que o "sacitrica" gosta.
Eleição para diretor nas escolas estaduais atualmente é uma guerra. Dependendo da escola e sua importância, os partidos políticos contaminam o processo e emporcalham tudo.
Em alguns casos, venceu o candidato improvável, em outros, o provável.
Um desses casos onde o improvável venceu foi na Escola Professor Flodoardo Cabral.
Como pai de aluna, também tinha direito a voto, e votamos (Helena e eu, por volta de meio dia).
Ali o problema não era falta de competência e simpatia por parte dos candidatos. Os dois candidatos se equivalem em preparo e empatia com os alunos e com a comunidade escolar.
Um deles era político, experimentado por campanhas eleitorais, um vencedor em duas eleições municipais. O outro, bem, o outro era apenas professor, mas que pela necessidade deveria aprender as armadilhas da política e em menos de uma semana. E ele aprendeu rápido.
Venceu o improvável, venceu o professor. Me apego ao fato para justificar uma ideia: Quem melhor administraria uma escola? Assim como um quartel não pode administrado por um professor, uma prefeitura não poderia ser administrada por um general, uma escola não deveria ser administrada por um político.
Hoje pela manhã uma baixaria. Alunos do grêmio deram uma "aula de democracia", protestando contra o resultado de uma eleição que eles tinham como ganha e perderam.
Alunos do 3º Ano, que deveriam estar mais preocupados com o conhecimento, o resultado do Enem, o vestibular, uma preparação adequada para enfrentar o futuro, fazendo baderna.
Não é que eu já tenha envelhecido, mas é que existem outras formas bem mais interessantes de protesto. Na hora de estudar, de buscar, de ler, de se informar, quantos vão? Quantos matam aula para ir a biblioteca? Quantos leram os documentos disponíveis no netbook que o governo deu?
Lembrei de quando no final dos anos 80 e início dos 90 participei de uma eleição para o grêmio(compondo uma chapa) e perdi. Nossa chapa era apoiada por professores como Eden, Zé Rodrigues, e tinha nomes como Devanete(presidente), Tenisson(vice), Aderlene, Peteca e tantos outros...
Era um momento difícil em que a democracia era ainda vigiada. A diretora da escola tinha pânico de grêmio(a quem considerava coisa de comunistas). Para ela, a escola deveria ter um Centro Cívico. Assim, ela reuniu com os pretensos candidatos e foi convencida pelas duas chapas de que teríamos um grêmio, que a Escola Professor Flodoardo Cabral seria e primeira escola de Cruzeiro do Sul e ter um grêmio.
Só para concluir a lembrança, perdemos a eleição do grêmio, choramos, mas aceitamos o resultado, sem quebra-quebra, democraticamente.
O que vi hoje na escola PFC não foi exercício de democracia, foi baderna. Falta para aqueles jovens muito de organização e respeito às normas, sobra vontade de mudança. Eles querem fazer acontecer, só não sabem como. Tomara que aprendam, que tenham tempo.
Ao vencedor, que não ensurdeça diante dos protestos de hoje. Que tenha a humildade(que sei que tem) de pensar no futuro da escola. Seria uma pena se ocorresse o contrário.
Um comentário:
Em 86 já existia um Grêmio cara, tímido sim, mais existia. Se n me engano o Henrique era o Presidente. Lembro q uma vez saí c ele em algumas salas p dar uns avisos. Eu era tímido pra dedéu. rs...rs....
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