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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Imagine se não houvesse "perseguição"...

Toda eleição é a mesma ladainha, como um violão de uma corda só: "Governo perseguidor, que não deixa o pobre tirar uma vara de mosquiteiro". "Governo dos macacos, dos índios..."
Vê se vocês se mancam, bando de palhaços, mudem o discurso. O povo que ouvir propostas!
Olha aí a realidade, olha a seca no mundo, a fumaça, vôos cancelados, a falta de água, rios secando...
Imagino se não fosse a "perseguição"...

A notícia publicada no site Tribuna do Juruá, dá conta de uma crise no abastecimento dos municípios de Porto Walter e Marechal Thaumaturgo.

Vazante do Rio Juruá causa desabastecimento em Porto Walter e Marechal Thaumaturgo

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Pequenas embarcações transportam apenas produtos essenciais para abastecer o comércio. A falta de combustível já compromete o transporte escolar em Marechal Thaumaturgo, crianças estão trocando o barco por horas de caminhada. 
O município de Marechal Thaumaturgo com pouco mais de 13 mil habitantes é um dos mais isolados do Estado do Acre. Fica localizado no Alto Juruá na fronteira do Brasil com o Peru e depende do transporte fluvial para se manter. Mas com o verão intenso, o Rio Juruá está apresentando uma das maiores vazantes dos últimos anos e o abastecimento do município está comprometido.
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Atualmente cerca de 20 barcos estão encalhados no percurso entre Cruzeiro do Sul e Marechal Thaumaturgo. Para não deixar faltar os produtos essenciais para o sustento da população, os comerciantes estão utilizando a seguinte logística: Quando uma embarcação é deslocada de Cruzeiro do Sul carregada de mercadoria, um barco de porte ainda menor é enviado de Marechal Thaumaturgo, assim que a embarcação de maior porte encalha, a carga é repassada para o barco menor que retorna ao destino.

O comerciante Francisco Vieira Silva, conhecido por Chicó, saiu de Marechal Thaumaturgo nessa quinta-feira (26) ao encontro de um barco com mercadoria de sua propriedade que deixou o porto de Cruzeiro do Sul há uma semana. De acordo com ele, embarcações que no período de cheia faziam levavam três dias na viagem, atualmente chegam a passar 20 dias no mesmo trajeto. “Estamos transportando aquilo que é básico, nós comerciantes pagamos frete que está bem mais caro com essas dificuldades. Pra você ter uma idéia, só o transporte de uma saca de cimento de Cruzeiro do Sul até aqui, está custando trinta reais”, comenta Chicó.  

Situação parecida estão vivendo os moradores do município de Porto Walter que apesar de ficar mais próximo de Cruzeiro do Sul, também é isolado via terrestre e tem total dependência do transporte fluvial. Segundo o comerciante Zezinho Barbari, vários produtos estão faltando no comércio local.

Vazante prejudica aulas

Nesses municípios, a maioria das escolas é localizada nas comunidades ribeirinhas ao longo dos rios. Os alunos são transportados de barcos até as escolas, percorrendo horas de viagem. A vazante do Juruá está prejudicando o transporte dos estudantes, principalmente no município de Marechal Thaumaturgo. Segundo a secretária municipal de educação, Sandra Pinheiro, alunos que eram transportados de uma só vez apenas em um barco, agora são divididos em três pequenas embarcações que ainda precisam ser arrastadas em alguns trechos, para ultrapassar os obstáculos como galhos de árvores e bancos de areia.

 Com um maior número de barcos em circulação, cresce também o consumo de combustível que já está faltando no município. Segundo Sandra Pinheiro, mensalmente são gastos 8 mil litros de gasolina e 7 mil de óleo diesel, só no transporte escolar. Para não ficar sem estudar, alguns alunos chegam a caminhar por mais de duas horas as margens do Rio chegar até as escolas, mesmo assim, já teve dias em que as aulas foram suspensas em algumas instituições, por falta alunos. 
 
www.tribunadojurua.com - Genival Moura


Um comentário:

Anônimo disse...

Essa rotina e aventura eu conheço e vivi algumas vezes trafegando do Seringal Belo Horizonte, PW e CZS e virce e versa, nas férias de julho qdo ajudávamos no "velho". Varei muita canoa no rio Ouro Preto na casca da imbaúba, rs... Imagine só, como deve está sobrevivendo esse povo desses afluentes, com a mercadoria de subsistência sendo vendida pela hora da morte.

Uma certa vez, vínhamos de BH p/ CZS final de julho, tia Alzira, Zé Penalti e eu,tinha outras pessoas q n lembro agora, antes de chegármos em PW furamos a "velha baliêira" num tôco, passamos umas 2 horas consertando, mais conseguimos chegar no destino. E por aí vai... uma série de aventuras