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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Era uma roupa nova, feita a partir de uma calça velha...

Foi agora há pouco.

Gritos pavorosos pras bandas da Mâncio Lima. 

O que era? Não sei ao certo, mas acredito que fosse o fim do mundo, ou, o que me pareceu mais provável, a continuação do mundo do jeito que sempre foi. 

Depois, apurei melhor "as oiças" e descobri que era coisa de política.

A mesma política porca, que enfim deu as caras por aqui.

Eleição no Juruá se ganha é no grito, na esculhambação, na demonstração de força, de macheza.

Meu Deus, isso não vai mudar nunca? Até quando? 

Disputa política, de eleição, deveria ser discutida com a tranquilidade de quem decide o futuro, não aos berros, espumando ódio pelos cantos da boca feito um cão raivoso.

Não sei quem era, não sei o por quê.

Certas vergonhas devem mesmo ser eternas? E se mudássemos, perderíamos muito? 

Anoitecia... e como a História de Cruzeiro do Sul é cíclica, viciosa e imutável, lembrei da minha Porto Walter, de quando eu fui menino, que também é assim...

A lembrança é da emoção de vestir uma calça comprida pela primeira vez.

Era uma roupa nova, feita a partir de uma roupa velha do meu pai.

É tudo novo, e é tudo igual.   

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