Foi agora há pouco.
Gritos pavorosos pras bandas da Mâncio Lima.
O que era? Não sei ao certo, mas acredito que fosse o fim do mundo, ou, o que me pareceu mais provável, a continuação do mundo do jeito que sempre foi.
Depois, apurei melhor "as oiças" e descobri que era coisa de política.
A mesma política porca, que enfim deu as caras por aqui.
Eleição no Juruá se ganha é no grito, na esculhambação, na demonstração de força, de macheza.
Meu Deus, isso não vai mudar nunca? Até quando?
Disputa política, de eleição, deveria ser discutida com a tranquilidade de quem decide o futuro, não aos berros, espumando ódio pelos cantos da boca feito um cão raivoso.
Não sei quem era, não sei o por quê.
Certas vergonhas devem mesmo ser eternas? E se mudássemos, perderíamos muito?
Anoitecia... e como a História de Cruzeiro do Sul é cíclica, viciosa e imutável, lembrei da minha Porto Walter, de quando eu fui menino, que também é assim...
A lembrança é da emoção de vestir uma calça comprida pela primeira vez.
Era uma roupa nova, feita a partir de uma roupa velha do meu pai.
É tudo novo, e é tudo igual.
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