Não teria melhores palavras para exprimir meu desprezo pela classe empresarial de Cruzeiro do Sul.
Recentemente a presidente Dilma anunciou mais uma medida econômica na intenção de reduzir o custo de vida da população. A medida - zerar (deixar de cobrar) todos os impostos federais nos produtos contidos na chamada cesta básica.
Como sempre, a ótima notícia por aqui foi bastante festejada, afinal, as pessoas mesmo as mais pobres, tem acesso ao noticiário.
Demorou uma semana e a redução no preço dos alimentos que fazem parte da tal cesta básica, nada.
Foram ter com o chefe dos empresários (pomposamente chamado Presidente da Associação Comercial) e a explicação dele foi antes de tudo a confissão de um crime. Vivêssemos num país sério...
Descaradamente, o mercenário burguês admitiu que em Cruzeiro do Sul não haveria redução de preços, porque para empresários cruzeirenses os produtos da cesta básica já são (por conta da Zona Franca ou área de Livre Comércio, acho) isentos dos impostos que a presidente, com a medida, estendia a todo o país.
Assim, diante das câmeras, declarou que o empresariado cruzeirense desde muito tempo já compra mais barato (por ser daqui) e vende mais caro que em qualquer outro lugar do país (porque o povo não sabe que a BR364 já dá acesso o ano todo).
Comprar mais barato e vender mais caro, sempre... Eis uma conta fácil de se fazer que por aqui justifica as fortunas injustificáveis. Sinceramente, não precisa se meter com drogas para "juntar dinheiro com cambito".
É revoltante, um bando de mercenários se esbaldando em riqueza às custas do massacre dos miseráveis.
Enquanto isso o nosso Náuas afunda sem apoio...
E falando em Náuas, sugiro que leia o artigo Chorar, para que chorar? do jornalista Jairo Nolasco.
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