Deve ter sido assim: Um deputado destinou uma emenda para a construção de um ginásio de esportes e a prefeitura executou a obra.
Estando o ginásio quase pronto apareceu um puxa-saco e soprou no ouvido do prefeito (que se chamava Aluízio Bezerra) o nome mais horroroso que já vi para um ginásio de esportes - BEZERRÃO.
Ele gostou da sugestão e descaradamente eternizou na parede uma lembrança negra na história das administrações desastrosas em Cruzeiro do Sul.
Construído no Bairro do Alumínio é hoje administrado pelo presidente do bairro (conforme pude entender pela reportagem da TV Juruá).
Cercado de "boas intenções" o presidente tenta impedir que a garotada passe o dia inteiro dentro do ginásio jogando bola fora dos horários que ele determinou para a comunidade.
Põe cadeado, vigia, conserta o portão, e nada! A garotada, ávida por um espaço para praticar esportes arromba quantos portões forem necessários e o caso vai parar na delegacia.
Ainda bem que na delegacia o caso se endireita, ainda bem que o delegado pensa diferente de presidentes de bairros e de secretários de esportes e lazer.
Mas os "arrombadores", motivados pela necessidade de ocupar o tempo ocioso com algo menos perigoso que álcool e drogas devem ter a consciência de que o famigerado BEZERRÃO é público e eles tem direito de ocupá-lo. Alguém duvida que eles voltarão?
Digo assim meio irônico, mas pensando bem, se a garotada fosse parar na Penitenciária pelo menos teria um lugar para jogar bola.
Ê, Cruzeiro do Sul, sem desafios para administrar e "pronta para o futuro"... Que futuro, meu?
Veja o vídeo da prisão dos "arrombadores do patrimônio publico". Observe que com 0:20 a repórter diz: "Diferente de outros tipos de apreensões em que se vê armas drogas e dinheiro, por exemplo, o que se via era apenas chuteiras e bolas".
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