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quinta-feira, 3 de julho de 2014

A questão das drogas...É uma prisão, com portas abertas.

Penitenciária Guimarães Lima desativada
Ele tem só 17 anos, mas desde os 13 já é usuário. Foi um soldado lá do bairro que deu pra ele experimentar. Começou não querendo mais estudar, saindo de casa toda noite, dormindo o dia quase todo e quando percebemos a roupa dele tinha sumido quase toda. Ele trabalhava de carpinteiro com o pai, mas o  o dinheiro que o pai dava pra ele toda semana era só para comprar a porcaria da droga. Agora tá assim, todo tatuado, querendo sair disso e não tem força, e mesmo assim, se sair, acho que ninguém vai mais confiar nele. Nessas horas não aparece nenhum amigo, é só a família mesmo. Lembro que a nossa casa vivia cheia de parentes e agora sumiram todos. Mas tenho fé em Deus...

Ontem, fui testemunha de uma cena dramática. A fé, o sofrimento balisavam as palavras de uma mãe que há poucos instantes, cheia de fé, deixara o filho numa clínica de recuperação para viciados em drogas. 
Prometi retornar para acompanhar a evolução do tratamento, mas na viajem de volta, fora o depoimento emocionado da mãe, o que nos acompanhou mesmo foi um anestesiante silêncio. Sabe aquele silêncio que não incomoda? Era desses. E descansando os olhos na paisagem na direção do Rio Môa, lembrei de um artigo que li numa revista da Associação Nacional de Delegados da Polícia Federal. Bem pertinente, sobre um tema inquietante e controverso. Vale a pena.


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