Parece que agora a coisa desandou de vez. Moradores da rua Joaquim Távora, no Bairro do Cruzeirinho perderam a paciência com a Prefeitura "Municipal" de Cruzeiro do Sul e radicalizaram.
Fecharam a rua e pediram socorro. A imprensa foi o arauto.
Palavras duras de alguns moradores para quem aparentemente o prefeito perdeu o valor perdendo o posto de coronel sendo rebaixado a graduação de recruta.
Até poderia me iludir com protestos desse nível, mas prudentemente, prefiro esperar até duas horas depois de encerrada a eleição de 2012.
Como profeta nas eleições municipais em Cruzeiro do Sul, não tenho acertado uma nos últimos 15 anos. Acredito que não por culpa minha apenas, mas por não ter a capacidade de conseguir pensar com a cabeça de quem vive na miséria, na lama, de quem estudou o mínimo ou o nada, com a cabeça de quem não consegue fazer um pequeno cálculo, uma crítica. Com a cabeça de quem não consegue ser grato.
Veja se o caso não é mesmo de difícil compreensão: O cidadão vive quebrando a cara, perdendo a esperança, trocando, vendendo, dando de graça o voto por uma ideia que algum malandro aproveitou para ganhar a eleição e após três anos de peia, chateado, desiludido por não ter suas demandas atendidas, esconjura o demônio que o enganou, mas não esconjura sua ideia, seus amigos.
Esconjura aquele demônio, mas continua amando e respeitando outros do mesmo inferno.
O mesmo revoltado de hoje, será no ano que vem, um cabo eleitoral de peso, basta conhecer seu nível intelectual e sua miséria.
Não acerto uma, mas tenho uma receita simples para uma reeleição tranquila de qualquer prefeito em Cruzeiro do Sul: É só no último ano de mandato distribuir uns presentinhos na praça, dar uma passagem, um comprimido, nada muito dispendioso e jogar umas carradas de barro na rua dos mais revoltados.
Ah, e mostrar que tem Deus no coração e que perdoa qualquer um que lhe acuse de qualquer mal feito.
Simples assim...
Um comentário:
Tb não arrisco profecia caro amigo... mas uma cosia é certa exite uma mudança em curso. O eleitoreado não é mais o mesmo. Tem uma juventude diferente aqui, aumentou a classe média tb. Só não sei dizer se esta mudança social já tem massa crítica suficiente para produzir mudança política
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