Dança, galera, dança...

Nada parece mais importante para uma parte do povo cruzeirense que a chegada por aqui, da equipe de produção do quadro Dança da Galera do programa do Faustão. Aonde se vai o assunto é um só. As escolas se esvaziam e a imbecilidade impera.

Não é possível que meus pares, pessoas outrora desconfiadas, honestas e trabalhadoras, se deixem levar por algo tão fútil e sem sentido.

Não gostaria de ser levado a acreditar que um centavo nosso, da nossa prefeitura ou do governo do estado será investido para ajudar na guerra pela audiência travada entre a Rede Globo e as concorrentes. Se houver um único centavo investido terá um dos maiores crimes de lesa-município ou lesa-estado da história.

Rica como é a Globo não deveria precisar dos nossos parcos recursos, mas feito sanguessuga, sem escrúpulos, ajudam a disseminar a miséria.

No dia em que o caminhão do Dança da Galera estava estacionado ao lado do Gamelão, a 70 km no Rio Riberdade, pessoas perdiam o sono pensando em como e por onde recomeçar a vida...

É por isso que digo: Dança, galera, dança..., mesmo quem não perderá seu tempo com coreografias tolas, sabe-se lá de onde copiadas, acabará dançando...

E eu por aqui, enferrujando de suspeitas, conhecendo já, parte das motivações dos demagogos, imaginei ser o único infeliz e mal amado (sim, porque não se empolgar com a equipe da Rede Globo por aqui é ser tratado como inimigo do “progresso” de Cruzeiro do Sul) o único a lançar um olhar crítico sobre essa grande palhaçada. Não estive sozinho. 

Felizmente uns poucos ainda têm coragem de expressar suas opiniões, como por exemplo o blogueiro Izaú Melo em seu Textos e Textículos com o post Dança da Galera em Cruzeiro do Sul.