Noite
Tingem-se de noite
Os mesmos lugares,
Quedam-se de angústias
Os mesmos afagos
Sentimentos adormecem,
Ilusões despertam.
Tingem- nos,
Tocam-nos.
Nos deixam amargos e esclerosados.
Noite que vive a se alargar,
Correndo nos campos nos lagos
Nas repartições e nos gestos
Que vive a correr mundo
Escurecendo as casas os homens e as convivências.
E eu, por meu leve torpor cotidiano,
Olho anoitecer
E não vejo nada além do que vejo
Escurecido também.
(Quatro Colinas", pág. 23)
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