Faleceu no
Rio de Janeiro, aos 83 anos, Armando Nogueira. Realmente o Armando foi (e será
por muito tempo) um dos nossos maiores acreanos.
Fez muito
mais por nosso Estado que muitos demagogos, picaretas e safados que entraram
para a História (muitas vezes pela porta dos fundos).
Armando Nogueira não,
era simples, tinha orgulho de falar que era acreano de Xapuri e venceu pelo
talento, nunca precisou de um único voto para botar o Acre e todos os que o
amam no lugar mais alto do nosso País que é a memória.
Como homenagem, reproduzo aqui uma postagem de um outro escritor e bom acreano exilado na Bahia Isaac Melo no seu blog Alma Acreana
ARMANDO
NOGUEIRA (14.01.1927
- 29.03.2010)
O NOME NA
PEDRA...
Passam-se os
anos. Amaro não dá o menor sinal de vida – melhor, de morte. Lúcio, cá na
terra, já tinha até esquecido um pouco o amigo. Tanto tempo. Cinco anos depois,
uma noite, voltando de uma pelada, cai-lhe do céu a voz amiga do Amaro. Batem
um papo. Lúcio vai logo contando as boas novas: está namorando uma loura, um
avião. A pelada está cada vez melhor e a saúde nem se fala. Saúde de ferro.
Lúcio confessa-se em lua-de-mel com a vida.
– Por falar
em pelada – disse Amaro – tenho duas notícias pra te dar: a primeira é que
vamos inaugurar um campinho aqui no céu. É uma beleza. Grama celestial. Um
brinco. Dá gosto de jogar num campo assim.
– E a outra
notícia? – pergunta, ansioso, o Lúcio.
– A outra,
amigo velho, é que vamos voltar a jogar juntos. Eu vi lá teu nome lá na pedra.
Tás escalado na ponta-esquerda do meu time. E o jogo vai ser semana que vem...
*
***
REFERÊNCIA E
SUGESTÃO
NOGUEIRA, Armando. O
canto dos meus amores. Rio de Janeiro: Dunya Ed., 1998.
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