Recebi por e-mail e sei que ela gostaria de ver postado por aqui. Valeu, Tânia!
A lei de
talião representou um progresso nos costumes da Humanidade.
Em
decorrência dela, a vingança passou a ter limites.
Antes, por
conta de uma ofensa, considerava-se justo dizimar toda a família do ofensor.
Depois,
passou a ser olho por olho e dente por dente.
Ou seja, o
mal que se retribuía não podia ser maior do que o recebido.
Jesus Cristo
veio trazer a contribuição definitiva nessa seara.
Assentou que
não se deveria resistir ao mal.
Que se
alguém batesse na face direita, era preciso oferecer também a esquerda.
Que se
alguém tomasse a vestimenta, convinha deixar também a capa.
Que se
alguém obrigasse a andar uma milha, era para andar com ele duas.
São palavras
fortes e plenas de simbolismo.
Por certo
não significam se deva permitir que a agressividade e a violência tomem conta
da Terra.
Não
constituem autorização ou incentivo a que os fracos se transformem em besta de
carga dos fortes.
Seu
significado profundo parece ser o de que apenas o amor é eficiente no
enfrentamento com o mal e os maus.
O revide, o
ressentimento e o desejo de vingança apenas prolongam os desequilíbrios
humanos.
Sob a égide
do Cristo, deve instalar-se uma nova ordem de paz e generosidade.
O discípulo
de Jesus é pacífico e pacificador.
Ele é manso,
compreensivo, ordeiro e confiante na Justiça Divina.
Perante uma
ofensa, em geral três condutas são possíveis: revidar, fugir ou oferecer a
outra face.
O revide
implica a continuação da luta e do desequilíbrio.
A fuga transfere
o clima de ódio para solução futura e denota fraqueza moral, que estimula o
violento.
A última
alternativa é sem dúvida a mais difícil.
Perante a
ofensa, oferecer a face contrária, a do perdão.
Esse ato de
grandeza, consistente na imediata compreensão do desequilíbrio que há em
qualquer ato mau, desestabiliza o agressor.
De repente,
ele se vê lamentável como é, perante a serenidade do ofendido.
A violência
tende a morrer asfixiada no algodão da paz que envolve quem ama.
É impossível
vencer alguém com grandeza moral.
Em face
dele, toda vitória é aparente e com sabor de cinzas.
Alguém em
paz e pronto a desapegar-se da manta e da capa.
Que tem
paciência e caminha mais do que o solicitado ao lado de quem lhe impõe o
esforço.
Certamente
não é fácil adotar esse gênero de conduta.
Entretanto,
Jesus não apenas ensinou, como exemplificou.
Soube
doar-Se em holocausto e Sua proposta vitoriosa segue transformando lentamente a
Humanidade.
E é Dele o convite
que ressoa através dos séculos:
Se alguém
quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me!
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