Recebi por e-mail e seria até pecado não passar adiante. Um texto belíssimo, de verdades inquietantes e manietadoras. Obrigado, Padre Antonio Pires!
Nós bebemos
demais, gastamos sem critérios. Dirigimos rápido demais, ficamos acordados até
muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV
demais e raramente estamos com Deus.
Multiplicamos
nossos bens, mas reduzimos nossos valores.
Nós falamos
demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente.
Aprendemos a
sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos
nossos anos.
Fomos e
voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo
vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.
Fizemos
muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o
ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos
mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.
Aprendemos a
nos apressar e não, a esperar.
Construímos
mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que
nunca, mas nos comunicamos cada vez menos.
Estamos na
era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande, de caráter pequeno;
lucros acentuados e relações vazias.
Essa é a era
de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.
Essa é a era
das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros
ocos e das pílulas 'mágicas'.
Um momento
de muita coisa na vitrine e muito pouco na despensa.
Lembre-se de
passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão aqui para sempre.
Lembre-se de
dar um abraço carinhoso em seus pais, num amigo, pois não lhe custa um centavo
sequer.
Lembre-se de
dizer 'eu te amo' à sua companheira(o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro
lugar, se ame... se ame muito.
Texto de George
Carlin
George Denis
Patrick Carlin (Nova Iorque, 12 de maio de 1937 — 22 de junho de 2008) foi um
comediante, ator e autor norte-americano, pioneiro, com Lenny Bruce, no humor
de crítica social. A sua mais polémica rotina chamava-se "Sete Palavras
que não se podem dizer em Televisão", o que lhe causou, durante os anos
setenta, vários dissabores, acabando preso em inúmeras vezes que levou o texto
a palco.
Mais em: wikipedia
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