Semana passada, tive a felicidade de compartilhar minha sala de aula com dois colegas professores.
De maneira geral, estagiários numa sala de aula não nos causam nenhum problema, muito menos surpresa.
A maioria é gente boa, preparada, bem orientada e traz novidades.
Agora, nada que se compare ao espetáculo de conhecimento que os colegas professores paraindígenas da UFAC, em conclusão de curso, demonstraram às turmas de 8ª Série da Escola Pe. Marcelino Champagnat.
Registro a presença dos professores graduandos Júlio Raimundo Jaminawa – Professor da Terra Indígena Cabeceira do Rio Acre, e Fernando Luís Yawanawa – Terra Indígena Rio Gregório/Aldeia Nova Esperança, a quem agradecemos imensamente.
Coincidência ou não (e foi mesmo), no dia anterior tínhamos abordado o tema “Antropologia” e a visão do dito civilizado europeu sobre os povos americanos.
Foram sabatinados e percebi neles uma desenvoltura extraordinária ao lidar com a curiosidade dos nossos jovens, quase todos já contaminados pelo consumismo e o preconceito. Talvez a curiosidade dos nossos jovens não seja diferente da curiosidade dos jovens deles.
A presença dos colegas professores indígenas na sala de aula serviu para desfazer preconceitos, tema que foi inclusive abordado.
Os alunos adoraram e após a aula, formou-se uma fila para a pintura corporal. Haja genipapo!
Abaixo, Fernando Yawanawa (esq.), eu e Júlio Jaminawa (direita).
Nenhum comentário:
Postar um comentário