Sabe aquela placa que os ricos colocam no portão de suas casas? Tem uma que é ótima: "Cão anti-social". Fico a imaginar um "cão social", bem vestido, de terno, que saiba usar os talhares, que não grite (no caso, uive), que não se emporcalhe em lixeiras, tampouco viva atrás de cadelas fáceis.
Até prova em contrário, exceto os meus, todos os cães são anti-sociais. Defino tais criaturas, como inúteis do ponto de vista estético e ideológico. A ideologia de um cão será sempre a de um político - seu interesse particular.
Tenho três. Lion, Fox e Napoleão. São os substitutos do bom e velho "Rabugento" que está no quintal por 17 anos, quatro deles na condição de falecido (esteve conosco por 13 anos e está sepultado no fundo do quintal).
Foram chegando aos poucos. O Lion, cruzamento de vira lata com alguma raça inferior é natural da Nova Cintra e veio ter aqui dentro de uma caixinha de sapatos. O Fox é filho da Belinha e embora tendo nascido em Cruzeiro do Sul foi concebido no Seringal Grajaú. O Napoleão é descendente (longe) de dálmatas.
São vacinados (posso comprovar através de documentos), comem ração, tomam banho duas vezes vez por mês e juntos, devem equivaler em ferocidade a um pitbul.
Vivem no quintal e na corrente. Jamais andaram embeiçados por cadelas. Mas isso em Cruzeiro do Sul constitui excessão.
O comum por aqui é cão sem dono, tirando hora em banquinhas de churrasco, formando verdadeiras matilhas escandalizando os transeuntes e causando acidentes.
A Prefeitura "Municipal"(a propaganda ainda é assim) de Cruzeiro do Sul através do Centro de Zoonoses anda recolhendo esses animais. Caso você já tenha presenciado alguma captura não desperdice sua alegria.
Antes de nos alegrarmos com a iniciativa devemos tomar conhecimento sobre o destino desses animais. São capturados, vacinados e em seguida, libertados para viverem mais saudáveis por longos anos.
Um dia desses um criador de ovelhas foi aos meios de comunicação denunciar que uma matilha de aproximadamente 50 animais, invadiu sua propriedade devorando uma ovelha. Tais cachorros foram jogados no ramal, onde segundo os (ir)responsáveis, teriam melhores condições de sobreviver caçando galinhas, patos, ovelhas, bezerros e quem sabe, pessoas.
Se já não bastassem os urubus...
Sugiro que na cabeceira da ponte no Bairro do Meritizal, seja construido um grande portal e ao invés de BEM-VINDO A CRUZEIRO DO SUL seja afixado a seguinte inscrição: CUIDADO COM OS CÃES.
Para alertar aos motoristas que inadvertidamente venham a visitar a nossa cidade que além dos urubús Cruzeiro do Sul também é a cidade dos cachorros, das cachorras no cio e dos motoqueiros acidentados.
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