Este é um blog de opinião. As postagens escritas ou selecionadas refletem exclusivamente a minha opinião, não sofrendo influência ou pressão de pessoas ou empresas onde trabalho ou venha a trabalhar.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Vinte anos do Curso de Letras

Fui, quase me perdi, mas já voltei.


Desculpe pela ausência. Não foi por querer, tampouco por não querer. Foi por um esmaecimento de memória mesmo, ou o que é mais provável, por um acomodamento de funções e desse modo...


Melhor dizendo, o barco esteve a naufragar e se fez urgente esvaziar parte da carga. O bom é que podemos fazer meia volta e recolher o que se perdeu.


Voltei com a certeza que o caminho da ignorância ainda a ser percorrido é infinitamente maior que o conhecimento que tenho acumulado. Por isso preciso envelhecer.


Por que voltei tão filosófico? É que ontem atendi ao convite dos colegas do Curso de Letras da UFAC e fui espiar a abertura da Semana de Letras que comemora os 20 anos do curso em Cruzeiro do Sul. Veja o convite:

Não poderia deixar de ir, era imperativo, afinal durante quatro anos estive por lá.


O Curso de Letras da UFAC em Cruzeiro do Sul faz 20 anos e se firma como um grande curso acadêmico.

Livre dos preconceitos que qualquer curso da universidade fora da sede encontra..

Pude sentir isso mais intensamente quando em 2004 concluía o curso de História, mas em 1996 com o Curso de Letras não era diferente.


Preconceito daqueles que o consideram um curso improdutivo e “sem sal”.


Preconceito daqueles que no entendimento do autor de “Raízes do Brasil”, desde os tempos da colônia, sempre tiveram uma queda pelos cursos de Direito e Medicina(mais recentemente) que os transformam antes mesmo da diplomação em “doutores”. Ora, médico é médico e advogado é advogado. Doutor é quem tem doutorado, por mais que tenham feito uma lei que assegura o uso e o desuso do “título de doutor”.


Mas não quero falar sobre isso, quero falar mesmo é que fui à abertura da Semana de Letras (como ex-aluno e convidado), e fui premiado com uma palestra de Márcio Souza, um dos maiores escritores do Brasil.

Márcio Souza é amazonense, de Manaus e nasceu em 04 de março de 1946. É autor de livros como Galvez - Imperador do Acre e Mad Maria, só para citar dois que a Rede Globo já transformou em minissérie. É também escritor e diretor teatral.


É simples, direto e um profundo conhecedor da realidade e produção da arte amazônica. Sobre a nossa realidade literária afirmou: “A Amazônia hoje se auto-analisa”.


Foi a um só tempo, humanista, sociólogo, filósofo, historiador e super gentil ao nos ceder uma foto.

Nenhum comentário: